“ A primeira década, do vigésimo primeiro século da Era Cristã, e primeiro século do terceiro milênio, foi marcante para a história política do Brasil.”
O primeiro dia de 2011 ficará marcado na nossa história: a posse da primeira mulher na presidência do Brasil.
Dilma Rousseff recebeu a faixa presidencial das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em meio a chefes de estado e de governo, visitantes e chefes de missões internacionais.
Muitas pessoas que estiveram em Brasília enfrentaram a chuva e horas em pé pelo prazer de participar deste momento histórico. Eu assisti pela TV, apesar das críticas de alguns anti-petistas.
Reconheço que faço parte destes que apontam e criticam, e como tal, sempre fui uma completa alienada. Mas uma coisa eu gosto: gente. Por isso, voto na pessoa, sem me importar com o partido a que pertença. Quando em dúvida, quanto a postura pessoal do candidato, prefiro anular o voto. Foi o que fiz nesta última eleição. Se você torceu o nariz agora, dou-lhe razão.
Muito se fala em educação e na necessidade de melhorá-la, mas o que dizer da falta de interesse? Isso mesmo, desinformação por puro preconceito. Democracia é isto: vence a maioria.
Pois bem, fui ler um bocadinho para não fazer feio e para recordar fatos de três pessoas marcantes que, independente de partidos ou das realizações políticas que tenham feito, têm algo em comum: DETERMINAÇÃO.
O primeiro, Fernando Henrique Cardoso o primeiro civil eleito pelo voto direto que conseguiu terminar o mandato de presidente desde Juscelino Kubitschek até, aquele momento, o segundo presidente brasileiro que governou por mais tempo, depois de Getúlio Vargas. Eleito em 1999, FHC conseguiu a aprovação de uma emenda constitucional que criou a reeleição para os cargos eletivos do Executivo, sendo o primeiro presidente brasileiro a ser reeleito.
Foi professor de sociologia da USP. Durante o regime militar, esteve exilado no Chile e França. Em 1968, voltou ao Brasil e assumiu por concurso público a cátedra de Ciência Política da USP, mas foi afastado pelo Decreto-lei 477, o "AI-5 das universidades". A partir de 1983, FHC participa das articulações visando a transição do regime militar para a democracia e torna-se um dos grandes articuladores do "Diretas Já".
O segundo mandato do presidente FHC findou-se no dia 1º de janeiro de 2003, com a posse do metalurgico Luiz Inácio Lula da Silva.
Com carreira política feita no estado de São Paulo, Lula é o único presidente do Brasil nascido em Pernambuco. Eleito em sua quarta tentativa para chegar ao cargo presidencial, após ser derrotado nos anos de 1989, 1994 e 1998. Em outubro de 2006, o ex-sindicalista Lula se reelegeu para a presidência, derrotando o candidato do PSDB Geraldo Alckmin, sendo eleito no segundo turno com mais de 60% dos votos válidos contra 39,17% de seu adversário.
Em 1980, durante uma greve no ABC paulista, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo sofreu intervenção e Lula foi detido por trinta e um dias nas instalações do DOPS paulista. No ano seguinte, foi condenado pela Justiça Militar a três anos e meio de detenção por incitação à desordem coletiva, tendo porém recorrido e sido absolvido em 1982.
Em 31 de outubro de 2010 a candidata governista à presidência, Dilma Rousseff, foi eleita à presidência sem nunca antes ter disputado uma eleição, fato que foi explicado por grande parte dos analistas pela transferência de votos de Lula, que teve segundo o Datafolha seu governo aprovado por 97% dos brasileiros à época da eleição. Assim, Lula tornou-se o primeiro presidente desde Getúlio Vargas a fazer o seu sucessor nas urnas e fez com que o PT se tornasse o primeiro partido desde a democratização a ficar no governo federal por três mandatos consecutivos.
Nascida em família de classe média alta, Dilma Rousseff interessou-se pelos ideais socialistas durante a juventude, logo após o Golpe Militar de 1964. Iniciando na militância, integrou organizações que defendiam a luta armada contra o regime militar, como o Comando de Libertação Nacional (COLINA). Passou quase três anos presa entre 1970 e 1972, primeiramente na Operação Bandeirante (Oban), onde teria passado por sessões de tortura, e, posteriormente, no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).
No meio militar, há quem veja o relato de Dilma com ironia e descrédito, especialmente quanto à possibilidade de alguém sobreviver a vinte e dois dias de tortura. Posteriormente, Dilma denunciou as torturas em processos judiciais, inclusive dando nome de militares que participaram dos atos.
Punida por subversão, de acordo com o Decreto-lei 477 (considerado o "AI-5" das universidades), ela havia sido expulsa da Universidade Federal de Minas Gerais e impedida de retomar seus estudos naquela universidade em 1973, o que levou Dilma a prestar vestibular para economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Graduou-se em 1977, não tendo participado ativamente do movimento estudantil.
Claro que aqui apenas pincelei alguns trechos das biografias dos três. Mas o que me importa são as pessoas. Quem dera tivéssemos essa força e determinação para alcançarmos nossos objetivos. Que não desistíssemos diante das lutas.
Erros e falhas todos cometem. Acusadores todo mundo tem. Mas, nossa esperança/certeza é que para todos há um único advogado e salvador: JESUS.
Por isso, parabéns presidenta!
Estarei orando por seu governo e para que Deus venha lhe conceder a graça de ser chamada de filha.