segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Filhos, bençãos de Deus.

Em março teremos a presença de mais uma criança na família.

A escolha do nome ainda causa polemica entre os jovens pais e os que querem dar opinião.
Mas ele vem, seja lá qual for o nome que receberá:
“Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão” (Salmo 127:3).


Em virtude dessa espera quando nos reunimos o assunto é nossa experiência como mães.
Como esta sendo a sua?
Você alguma vez já pensou que filhos deveriam vir com bula de instruções?
Eu já.
Ficava de olho comprido nas crianças dos vizinhos, gordos e fofos, enquanto os meus eram miudinhos de fazer dó.
Depois ficava contabilizando quando nasceriam os dentes, quando os meus começariam a falar ou andar já que todas as crianças do mundo sempre fizeram tudo muito cedo.

Não sei se com o tempo os pais esquecem a realidade ou se aumentam os fatos para supervalorizar suas crias. Um exemplo disso foi uma vizinha da minha mãe que, em um surto de exagero de mãe coruja, nos brindou com uma pérola: “Meus filhos nunca usaram fraldas, desde bebes já os colocava no vaso e eles já comiam arroz e feijão”.

Poupe-me!

Para as mães que trabalham fora sempre vem a fase de se culpar por ter que deixá-los na creche ou com outras pessoas; por não acompanhar o dia-a-dia deles mais de perto; por isso e por aquilo.
Se você sente isso, esqueça. Isso passa.
Educar uma criança é um desafio que vale a pena.

A vida segue seu curso e vamos aprendendo com eles e eles conosco.
Eu adoro me esparramar no sofá com meus filhos para falarmos das coisas da vida.
Sempre me surpreendo com a sabedoria que eles demonstram apesar da pouca idade que têm - 15 e 16 anos.

Sem dúvida eles são mais maduros e sensatos do que eu.

Agradeço a Deus por isso.
Claro que têm suas intrigas de adolescentes, mas se colocarmos na balança isso pesa quase nada.
Outro dia rimos muito lembrando o dia-a-dia deles e as coisas que aprontavam quando menores.
Tínhamos como hábito deitarmos juntinhos, no escuro, iluminados pelo reflexo das estrelinhas grudadas no teto, e inventarmos historinhas até nós três pegarmos no sono.

Muitas vezes eu dormia antes e quando acordava os dois ainda estavam criando enredos ou conversando como gente grande.
Em uma dessas noites fiquei quietinha para não atrapalhar as explicações do Lucas que, muito sério, tentava fazer a irmã entender que ela tinha que pintar os desenhos das pessoas com o lápis bege.

- Lilica, todo mundo nasce bege, depois a gente fica bege claro ou bege escuro.

Ela com os olhos brilhando no escuro, quase fechando de sono, deu um sorriso gostoso aprovando a inteligência do irmão.

Ela diz que até hoje os pinta assim.
Ou, ainda, quando ele lhe explicou que Deus fazia cada pessoa de um jeito e ela rapidamente completou:
- Por isso todo mundo é especial.

E ambos dormiram de mãozinhas dadas.
Teve uma vez que eu fiquei mudinha da silva quando tentava por em pratica as orientações das entendidas em “educação infantil” que dizem que só devemos responder o que as crianças nos perguntam e de acordo com a idade.
Pois bem, minha garotinha, que já estava na escola, me veio com a seguinte pergunta:
- Mãe como nascem os bebes?

Credo, eu que nunca fiz pergunta nenhuma a minha mãe mantive a postura de porta de geladeira e comecei a buscar qual seria a resposta ideal para uma menininha, sem os dentes da frente, que olhava bem dentro dos meus olhos.

Deixa-me ver......

Antes que eu respondesse lá vem o Lucas em meu socorro:
- Lilica, não fale essas coisas com a mamãe, ela ainda acredita em cegonha.

E os dois me explicaram, calmamente, o que tinham aprendido nas aulas de Educação Sexual, acredito que em uma linguagem apropriada para minha idade.

E quando a própria Lilica arrancava os seus dentes de leite e os do irmão com fios de linha de tanto que eu chorava de dó.
Eu ainda sou chorona e ela corajosa.
Nesses bate papo no sofá fiquei sabendo que um dia eles tiveram que organizar uma fila de crianças que queriam visitar o vaso sanitário de um dos banheiros da creche onde ficavam. Tudo isso, por que o Lucas disse para aos demais que alguém tinha feito uma coco em forma de sorvete.

Pode isso?

Os dois já se apaixonaram, querem estudar antes de namorar sério, pretendem se casar na igreja e ter pelo menos um casal de filhos.
Que os anjos digam amém.

Quer saber, nossos filhos vêm com bula sim!

Ela foi escrita por Deus e é ele quem nos dá sabedoria para educá-los.

Basta querer!


“Ensina teu filho o caminho que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”
                                                                 (Prov.22:6).







18/02/09



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