Nesse blog li o relato de uma ex-fumante contando como ela largou o vício.
“...Uma noite fui a um culto numa igreja Batista e lá o mensageiro
meapresentou a Jesus sendo o Deus-Filho que podia tudo. Que Ele era o Deus
dosimpossíveis. Legal, pensei. Vou desafiar esse Deus a parar de fumar. Se
Elefizer isso, vou mesmo acreditar que Ele é o Deus dos impossíveis. Mas tem
umporém, ai Deus dos impossíveis. Falei assim com Deus. Não quero sentir
nenhumavontade de fumar. Entendeu? E estou até hoje, 26 anos sem fumar. Assim
comotambém a minha fé cresceu no Deus dos impossíveis....”
No mesmo instante lembrei de minha amiga Jussara.
Que saudade!
Por onde andará a Jú?
A última vez que nos falamos soube que já tinha dois netos e que só o seu caçula ainda estava solteiro.
Puxa, esse texto me fez abrir um baú antigo onde guardo todas as recordações de momentos significativos da minha vida.
A Jussara, sem dúvida, marcou o principal deles: meu encontro com Jesus.
Se você achou engraçada essa frase, não se espante, eu morria de rir quando alguém me falava sobre isso.
Inclusive ria muito das coisas da Jú.
Achava tudo muito fantasioso. Como uma pessoa madura, estudada ou não, poderia acreditar em “milagres”?
Principalmente em milagres sem a ajuda dos Santos ou sem promessas.
Como a maioria das pessoas, eu acreditava em previsões, cartomantes, pais de santo, astrologia, gurus, tarô, carma e simpatias. Mas, milagres?
Pessoas com doenças terminais que saram?
Aleijado que anda?
Você ser consolado na hora da morte?
Isso pra mim era balela. Coisa de “gentinha”, espíritos inferiores, lavagem cerebral ou coisa assim.
Não sei o que foi, só sei que um belo dia me peguei de boca aberta ouvindo os “testemunhos” da Jú.
Ela me contava de como foi curada de uma enfermidade e das transformações que passou sua vida.
Acho que nem piscava. Tudo aquilo me fascinou, tanto que quando ela me deu de presente uma bíblia e recomendou que eu a lesse, nem pestanejei.
Sorvi aqueles textos.
Algumas passagens achei cansativas, outras pareciam que "falavam" comigo.
A partir da palavra eu mudei.
Um dia a Jussara me disse que chamaria algumas “irmãs” para orar por nós ali no serviço o que achei super normal.
Estranho foi quando em pleno expediente - nos 15 minutos de café que tínhamos direito – passei a trocar meu lanche por orações.
Em um desses dias dobrei meus joelhos ali mesmo, na sala de enfermagem, e disse: eu aceito Jesus.
Aceito o Deus do impossível.
No começo éramos eu, a Jú e uma irmã. Depois o grupo foi crescendo tanto de colegas de trabalho quanto de irmãs.
Confesso que não entendia nada sobre isso.
Aprendi com o tempo.
A vida me mostrou que ali começava uma caminhada de lutas como tantas outras, como a sua, e de vitórias.
Na verdade, acho que Deus sabe de tudo que iremos passar e, como nos conhece e sabe de nossas fraquezas, ele nos chama para nos pegar no colo e nos fortalecer.
Mas isso é outra história.
texto: Etelvina de Oliveira
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