segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Final Feliz - Rose Nascimento

Vou lhe contar uma história da Bíblia
História que fala sobre um Salvador
Talvez já ouviste alguém lhe falar
Mas o final não quiseram contar
Existia na Terra um certo homem
Que se chamava Jesus de Nazaré


Fazia milagres acontecer
Tudo isso pelo Seu poder
Ele fez um morto ressuscitar
Ele fez um cego enxergar
Ele caminhou sobre o mar
Ele fez paralítico andar, andar
(2 vezes)


Mas ouça amigo o que aconteceu
Mandaram matar o Rei dos Judeus
Talvez por inveja calúnia, eu não sei
Só sei que Ele é o Rei dos Reis


Mas ouça a história não termina assim
Pois desta história tem final feliz
Ao terceiro dia Ele ressuscitou
Foi ao inferno e a chave tomou


Ele fez um morto ressuscitar
Ele fez um cego enxergar
Ele caminhou sobre o mar
Ele fez paralítico andar, andar

F E L I Z N A T A L

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Esperar pela vontade de Deus

Trechos de texto publicado pelo escritor, evangélico, Fernando César.

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E você? Tem esperado pela vontade de DEUS na sua vida?
A ansiedade é um pecado que tem mudado o rumo da história de muitas pessoas. Temos esse mal em nós: queremos apressar as coisas; que tudo ocorra em nosso tempo e da maneira que planejamos.

A pressa de chegar logo, a ansiedade por alcançar logo um determinado objetivo tem atrapalhado o trabalhar de DEUS na vida de muitos escolhidos do PAI.

A ansiedade surge como uma necessidade do homem de se preencher interiormente. É como se ele, com suas próprias forças, quisesse ocupar as muitas áreas desérticas.

O que o homem tenta preencher por si próprio o faz de forma passageira e temporária. Os desertos existem em nossas vidas para o nosso aperfeiçoamento existencial e de nossa comunhão com DEUS.

Mas não somos nós que podemos adornar o que está vazio nem no tempo que pre-estabelecemos. Precisamos aprender a viver com os nossos desertos interiores, ainda que passemos 40 anos sem água e sem comida.

O DEUS que nos tirou da escravidão dos faraós providenciará tudo no Seu tempo e na hora devida. Quem ainda não cuidou dessa área emocional e espiritual termina por navegar em mares muito revoltos.

A Bíblia Sagrada fala que “tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3:1). Mas como esperar por esse tempo quando a ansiedade ocupa o nosso coração?

Quando nos antecipamos em decidir as coisas, na verdade, estamos imbuídos de uma ansiedade humana que cria uma pequena abertura para a atuação do diabo. E o nosso problema é exatamente esse: reservamos um lugar pequenino em nosso coração para satanás e ele sabe que tem livre acesso ao coração todo.

A ansiedade vem a destruir outras áreas na vida de uma pessoa. Por exemplo: ela mexe diretamente com a fé. Quem acha que DEUS está demorando muito para realizar um propósito, de certa maneira condiciona as ações do Espírito Santo em suas vidas.

Outro perigo é querer acreditar que DEUS já respondeu as nossas petições sem que isto tenha acontecido verdadeiramente.

DEUS responde, como viva voz, ao coração dos seus filhos amados. Quem, como filho nascido do Espírito Santo, ainda não tenha ouvido a voz do PAI?

A Bíblia afirma “as minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (João 10:27).

O missionário Jonh Hyder ganhou 100.000 indianos para CRISTO porque agia segundo os propósitos do coração de DEUS e ouvia a Sua voz. E até para almoçar pedia permissão ao PAI.

DEUS revela os seus propósitos através também de sonhos, de louvores, na igreja (na pregação e através de outros irmãos); enfim, há uma unicidade naquilo que DEUS responde, seja lá de onde venha.

O que não devemos é nos precipitarmos a essa voz, sem queixas e sem murmurações. Esperar pela voz do Senhor é a principal virtude da obediência cristã.

Em Salmos 27:14 diz: “Espera no Senhor; sê forte, anima-te, e espera no Senhor”. Também os salmos 37:34 acrescentam: “espera no Senhor; e guarda o seu caminho. Ele te exaltará para herdares a terra (...)”. E dos salmos 40 vem a confirmação: “Esperei com paciência pelo Senhor; ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor” (vers.1).

Dessa forma, está mais que provado que aquele que espera alcança todas as promessas de DEUS. O Senhor nos dá liberdade de agirmos debaixo de Sua soberania; portanto, podemos arbitrariamente decidir os rumos que queremos para a nossa vida.

Cuide em obedecer tão somente. Quanto à ansiedade: “Lançai sobre DEUS toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o diabo, anda em derredor, rugindo como leão, buscando a quem possa tragar” (1Pedro 5:7-8).

A ansiedade faz residência na mente, a qual estimula as ações precipitadas. Por isso, eleve seus pensamentos a DEUS. Aprenda a descansar no Senhor. Depois que as ansiedades tiverem saído, o Senhor te dará tudo novo.

Todos os cristãos sabem e crêem que DEUS tem o melhor para nós; porém muitos insistem em preferir o que está imediatamente abaixo desse melhor; por exemplo, a direção permissiva de DEUS.

A permissão nunca é boa, mas é necessária. Ela é uma forma encontrada por DEUS de fazer com que o homem, impaciente em esperar, descubra-se a si mesmo incapaz de descortinar suas veredas.

Há muitos crentes se decepcionando, nos templos, até mesmo com pessoas consideradas cristãs. Muitos em relacionamento principalmente. Pecam pela impaciência e por não saber esperar.

DEUS quer do homem a sua total entrega, mas ele só deseja de DEUS alguns cuidados especiais como saúde, trabalho, segurança etc. Na hora de decidir algo, não tem paciência de orar, pedir e esperar. Acha que “está demorando muito” ou “que já está velho demais para esperar”.

Assim é no trabalho, na vida sentimental e até na esperança de conversão de muitos. A nossa vida espiritual pode ser destruída por um pequeno detalhe.

Olhem para o exemplo de Saul: constituído rei sobre o povo de Israel não teve paciência em esperar 7 dias por Samuel para oferecer holocausto e ofertas pacíficas. Foi orgulhoso, precipitado, mentiroso e dele se afastou o Espírito de DEUS. O seu fim foi um dos mais trágicos das histórias bíblicas.

Enfim, a nossa vida pode ser comparada a planta de um grande edifício, cujo desenho arquitetônico foi planejado por DEUS antes da fundação do mundo, no tempo em que ELE considerou necessário.

Quem se atreve a dar um retoque diferente daquele que foi posto por DEUS terá excluído o brilho perfeito da vontade perfeita. Logo a deformidade aparecerá nas paredes.

Aquele que já sofreu pela precipitação sabe muito bem do que estou escrevendo. Retire de sua mente todas as expectativas e ouse em apenas sonhar os sonhos de DEUS, ouvindo a Sua voz.

Descanse. “Confia no Senhor e faze o bem; habita na terra, e vive tranqüilo. Deleita-te no Senhor, e ele te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e ele tudo fará” (Salmos 37:3-5).

Amém, Senhor JESUS!!!

Texto: FERNANDO CÉSAR

Escritor, autor dos livros: “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça” e “Antes que a Luz do Sol escureça”.
Também é líder do Ministério Interdenominacional Recuperando Famílias para Cristo.
www.fernandocesar.com

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

ESTAR NA IGREJA OU SER IGREJA? EIS A QUESTÃO!!

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Domingo à noite Igreja lotada, ministério de louvor ministrando...muita emoção no ar....povo em êxtase....a ordem do culto correndo como "manda o figurino" e as tradições...mensagem tremenda, o pregador foi bem sucedido....maravilha....acaba o culto cada um para sua casa, os líderes de ministérios organizando suas funções ministeriais.
Pastores atendendo solicitações de última hora, no dia a dia da Igreja muito ativismo religioso de uma agenda eclesiastica, muitas preocupações, mas isso é SER IGREJA ou ESTAR NA IGREJA??
Lembra-se da parábola do "Bom Samaritano"?
O "Sacerdote" passou pelo homem necessitado de socorro , olhou e foi embora,pois estava mais preocupado com suas atividades eclesiásticas.
Passou também um "Levita", olhou para o homem caído,apenas olhou e foi embora, talvez estivesse atrasado para o ensaio ou apresentação do seu ministério de louvor.
Veio o Samaritano, o discriminado da época, fora dos padrões religiosos dos judeus, viu o mesmo homem necessiado de socorro, encheu-se de compaixão e amor , assumiu a responsabilidade por aquela vida, cuidou dele, com remédios e hospedagem.
Mas o que isso tem a ver? Penso que a religiosidade tem cegado a muitos, e muitos pensam que "estar na Igreja" é "SER IGREJA" , ledo engano, estar na Igreja pelo simples fato de estar no rol de membros de uma instituiçao religiosa é apenas ativismo religiosa. É preciso viver o que se prega, o que se canta, o que se diz ser em sua denominação ( Cristão!).
O que vemos é prega-se sobre o amor, mas na maioria das vezes o amor se restringe as palavras, quantas pessoas pregam o amor e não se preocupa com o bem estar do seu próximo, do seu irmão da Igreja que as vezes está passando por necessidades (limentação, vestuário, emprego, carinho, atenção, alguém pra conversar - essas coisas básicas da relação humana!) é "cada um por si e Deus por todos". E o amor e comunhão dos cristãos?
Quantos levitas em seus ministérios de louvor aos domingos em suas igrejas ministram, cantam sobre amor, perdão, e no dia a dia da Igreja não falam e estão "de mal" com um/uns irmão(s) da mesma igreja, por um motivo tolo, bobo. Ou porque o irmão faz algo que não lhe agrada. Porque não conseguimos na maioria das vezes aceitar as pessoas do jeito que elas são (com defeitos, limitações, fraquezas, pecados...) ASSIM COMO DEUS FAZ CONOSCO.
Ai se posturam como "juízes", semi-Deus ("Só te perdôo quando vc me provar que realmente mudou!!!" Coisas desse tipo!). Muita religiosidade e pouca verdade de Deus.
Mas é chegado o tempo de que muito mais falar de "avivamento", precisamos vivenciar a manifestação da vida de Deus em nós, é tempo de Deus curar nossas "FERIDAS RELIGIOSAS" e nos libertar de nosso cativeiro religioso. Fora religiosidade, SOPRA EM NÓS ESPÍRITO DE DEUS, traz a vida de Deus as nossas vidas e corações... e os nossos "vales de ossos secos" serão transformados... vidas e corações transformados... não haverá mais espaço para o diabo semear sementes de inimizades, contendas, desamor... então, deixaremos de meramente "estar na Igreja" nos domingos e dias de cultos para "SERMOS IGREJA" todos os dias, toda hora, em qualquer oportunidade.
Teremos a melhor comunhão , até com aquele irmão que "vacilou" feio conosco e amá-lo com nossa própria alma. Esse é o desafio para quem quer o verdadeiro avivamento de Deus.
Quando isso começar acontecer nas igrejas, os incrédulos se converterão facilmente a JESUS, os enfermos e oprimidos serão curados e libertos todos os dias.... pois haverá a manifestação plena da shekinah de Deus, e também a manifestação dos filhos de Deus vivendo em amor, no Espírito de Deus... e Cristo será engrandecido e glorificado através de nossas vidas...
O evangelho de Jesus será visto todos os dias (não só na TV, radio e jornais) mas na vida de cada cristão,vivendo na verdade o amor de Deus, não apenas de palavra, mas em vida e verdade.

E a "brother"(irmão, em Inglês)???
ESTAR NA IGREJA OU SER IGREJA: EIS A QUESTÃO!!
ESTAR NA IGREJA OU SER IGREJA? Essa QUESTÃO terá um grande peso no JUÍZO FINAL.
Como eu estou? O quê eu sou hoje?
Como vc está? O quê você é?


Texto: Andreé Veríssimo

email: andreverissimo12@yahoo.com.br
Publicado no domingo, 16 dezembro 2007, às 17:40
no site: http://metanoia.spaceblog.com.br

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Que saudades do céu!

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Há dias em que me levanto com uma estranha nostalgia... uma espécie de saudades do céu. Nesse dia, o pão com margarina tem sabor de maná... o azul do infinito parece cintilar de forma diferente... o brilho do sol derrama sobre mim uma espécie de energia cósmica... a voz do jornaleiro é o grito de um anjo anunciando o apocalípse já... nesse dia, em especial, consigo viver ostentando as asas que ainda não tenho... permito-me ser doce, mansa, santa, terna e verdadeira... ouço, olhando nos olhos dos outros, e deixo que os outros me ouçam, até que os meus olhos falem por mim... ando a segunda milha e ofereço a outra face... piso os pés na terra, sem evitar a lama... como a garça passeia pelo pântano sem poluir as penas brancas, eu me permito afundar na lama, e ainda conservar a alva brancura de Deus... uso asas para agasalhar os que têm frio... removo a pedra da boca do poço e dou água aos famintos... bebo com eles, no mesmo vaso... troco receitas com a mulher samaritana... subo ao monte Moriá com Abraão... ouço a voz de Deus com Moisés... acompanho Davi e tomo dele a funda... atiro a pedra bem no meio da cara gorda de Golias...desço à casa do oleiro e aprecio o seu trabalho... acho tudo lindo... não tenho nenhum palpite apócrifo a oferecer... singro as águas de mar revolto com o barquinho da fé... atravesso para a outra banda do lago.... gasto meu pãozinho e o meu peixinho para alimentar a multidão... armo tendas para aqueles que ainda não encontraram casa... beijo o mendigo porque meu cheiro e o dele se confundem com o bom perfume de Cristo... falo ao cãozinho sabendo que "toda a criatura geme e chora, aguardando o dia da redenção"... aprecio a noite, porque tenho fé na manhã que vem...sorrio para a morte porque sei que ela não existe, para aqueles que estão em Cristo... Ah, como me sinto poderosa no dia em que tenho saudades do céu... e, ao sentir tal poder, eu me confundo toda... já não sei se vivo eu, ou se Cristo vive em mim...

Bom seria viver assim para sempre... quando penso que consegui, que alcancei esse estágio privilegiado, essa zona limítrofe entre matéria e espírito, então, de repente, não mais que de repente, como num filme de horror, uma estranha força me puxa para baixo, para as regiões mais baixas da terra. A aterrisagem é brusca, mas suave. Não chega a me machucar. Caio de joelhos, rosto no pó. E então me descubro nua, sem maná, sem o azul do céu, sem o brilho do sol, sem tendas e sem asas. Olho e me vejo, não como sou, mas como estou... Então entendo, que embora meu espírito esteja pronto para subir, e minha alma tenha saudades do céu, ainda sou um ser da terra...ainda sou feita de carne, sangue e nervos... ainda preciso exercitar a elasticidade do corpo e a plasticidade da alma, que ora exerce os atributos da filiação divina, ora os atributos da natureza humana que grita, berra e esperneia. Essa é a luta de cada dia. Essa é a grande batalha. E nela não há vencidos ou vencedores, apenas peregrinos pedindo passagem para a vida eterna. A vida aqui é um ensaio. Quando é que será para valer?

Texto: Ana Maria Ribas

Publicado no Recanto das Letras em 29/09/2007
Código do texto: T673131

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Por quê está demorando tanto?

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A verdade é que todos os dias lutamos contra o tempo... e como dizia o poeta dos anos 80, Agenor Miranda de Araújo Neto: "O tempo não pára!!". A verdade é que sofremos de um desejo quase compulsivo pelo "imediato"(O aqui e agora!), que nos corrói por meio da ansiedade

A verdade é que não é fácil esperar por aquilo que desejamos muito; é necessário ter a paciência de JÓ... coisa rara nos tempos modernos. A verdade é que todos nós já enfrentamos a difícil sensação de que aquilo que tanto almejamos está demorando tanto para acontecer... e nesses momentos 1001 situações e indagações perturbam nossa mente.

É preciso entender e também aprender o que a Bíblia ensina em Eclesiastes 3:1 : "Há para todo propósito um tempo determinado por Deus para acontecer." Deus está no controle de tudo!

Há momentos em que nosso "projeto de vida" parece estar demorando demais a acontecer... mas só parece, pois, ele está em pleno desenvolvimento, mas por estarmos tão envolvidos pela ansiedade, não percebemos. Às vezes, nos tormanos insensíveis em não perceber que determinados acontecimentos, principalmente, os desagradáveis, estão contribuindo (Romanos 8: 28) no processo de realização de nosso projeto de vida. Deus permite que certas coisas aconteçam, para gerar experiências em nossas vidas, que colaborarão para produzir em nós maturidade e forjar em nós o caráter de um "grande vencedor" (Mas nem sempre é fácil perceber essa realidade!).

Quantas pessoas já desistiram dos seus projetos de vida, dos seus sonhos porque estavam demorando acontecer, por causa das dificuldades enfrentadas, por causa das dúvidas que surgem... mas não podemos seguir o exemplo das pessoas que desistem, pois, desistir é atitude de fracassados. Precisamos entender que a aparente demora, as dificuldades, as possíveis dúvidas que surgem, etc, não devem ser encaradas como fatores de desmotivação ou derrotas, mas como simples provas que precisamos superar para alcançar nossas conquistas.

Se está demorando acontecer o teu "tão sonhado casamento" não desista, você está num processo em que Deus está te madurecendo para vida conjugal. Se parece estar atrasado a benção daquele "bom emprego" que você tanto precisa, não desanime, prepare-se, qualifique-se mais, aproveite esse tempo para estudar, se aperfeiçoar, Deus tem o tempo certo para abrir uma "porta melhor" no mercado de trabalho para você. Se de repente, você está há anos esperando para realizar o sonho da casa própria e estás pensando que não vais conseguir, renove seu sonho e confie mais em Deus, pois, o que é impossível para você, Ele pode fazer tranquilamente. Se você acha que está velho demais para continuar acreditando no seu sonho da época de jovem, que não se realizou ainda e até já enterraste tal sonho no deserto da incredulidade, em nome de Jesus, desenterre seu sonho, porque ainda está em tempo de Deus realizá-lo, pois, você ainda está vivo.

Precisamos aprender que a aparente demora na realização dos nossos sonhos é o desenrolar de um processo onde Deus está fazendo de nós pessoas mais capacitadas, mais fortes, mais maduras, mais preparadas para viver o melhor que Ele tem para cada um de nós. No tempo certo, viveremos a realização dos nossos sonhos, se não desistirmos e obedecermos a vontade de Deus para nossas vidas.

FÉ + PERSEVERANÇA + ESPERANÇA + PACIÊNCIA = SONHOS REALIZADOS!

Não desista...

Está quase na hora!

Do amigo,

Texto: Andreé Veríssimo

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Eu Chapeuzinho Vermelho

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Ele sorriu da minha falta de malicía, eu sorri da minha grande preguiça.

Domingo as sete da manhã, remelas nos olhos encarando os primeiros raios de sol. O que te coloca de pé a essa hora ao domingo? Eu levanto cedo assim aos domingos vez ou outra para correr, olha que coisa absurda, não? Mas quem corre entende a loucura.

Nesse sereno matinal de domingo você sai na rua esperando encontrar apenas um gato pulando telhados de volta pra casa, cachorros magros vagantes, e moças de maquiagem borrada voltando após a noitada de sábado.
Nada que se dirija a sua pessoa. E aí está o segredo da invisibilidade, porque de vez em quando ser invisível é tão bom.
Eu sempre gostei da Sheila da Caverna do Dragão com aquela capa de invisibilidade a mão, adoraria ter uma.
Pense que bela fuga que essa não seria? Poe a capa e se torna invisível para o que quizer, até pra você mesmo as vezes. Seria perfeito. Mas não daria pra se esconder de Deus.

Uma vez, sonhei que era a chapeuzinho vermelho, indo levar doces pro meu falecido avô. Eu tinha oito anos quanto tive o sonho. O caminho era divertido, e a casa do velinho era no céu. Já que fazia algum tempo que ele tinha pra lá ido. Bati na porta velha de madeira caindo aos pedaços, abriu-se sozinha.

Meu avô tinha uma cama gigante, aqui na terra ele era tão pequininho, devia ter comido fermento celestial, e a cesta de doces era tão pequenina, nunca o satisfaria. Mas era tudo que eu tinha. Me aproximando percebi meu avô tão estranho.
E disse:- Vô que pés grandes você tem. Que mãos grandes você tem. Que corpo grande também. Do alto da cama gigante, um ser com cara de anjo colocou a cabeça para fora, com um brilho no rosto que se encheu todo o lugar me fitou com tanta ternura.
De baixo pra cima falei sem pensar:
- Que olhos grandes você tem. Mas não você não é meu avô!
Ele respondeu com voz estrondosamente mansa:
-Não minha querida, não sou. Sou seu Pai.
Perguntei:
-Meu pai do céu?
Ele sorriu, tudo ficou tão claro que meus olhos não puderam se abrir e disse:
- Sim, seu Pai do céu. Não preciso dos doces, isso foi apenas um motivo pra trazer você pra mim.

Depois daquele dia, acordei falando que tinha conhecido Deus, e que Ele tinha falado comigo e gostava de mim, e eu não precisava ter nada em especial pra que ele gostasse, nem doces.
Minha mãe impressionada achava lindo, eu contava o sonho pra quem quizesse ouvir.
Isso tudo, porque me lembrei que posso ser invisível pra todos, mas não pra Ele.
Que olhos grandes Ele tem.

Pois bem, a rua era mais uma num domingo de manhã, eu saí para correr e ser enquanto corro invisivel pra mim, não me prendendo a nada, não esperando nada. Passos, vento, minha perseverança vencendo o cansaço e a dor, por esses minutos sou heroina de mim mesmo, a fortaleza de dentro vencendo as fraquezas de dentro e de fora, ultrapassando meus próprios limites, sendo forte.

Mas o desconhecido sorriu da minha inocência, que bailava no sonho de criança com o meu avô. Quando berrou do outro lado na outra rua:
- Corre no canto maluca! Senão te atropelam. Pensa que é invisivel?
Eu sorri da minha preguiça em perder tempo a replicar, que ele nem tinha visto a rua fechada por cones lá no início, reservada especialmente para meu sonho de invisível se realizar; eu me aquecia e a corrida logo iria começar.
Deixei pra lá, ele não tem olhos tão grandes quanto os de Deus.


Texto: Alias

Publicado no Recanto das Letras em 12/09/2008
Código do texto: T1173749

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A bondade e a severidade de Deus

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Um dos paradoxos com os quais nos deparamos na vida cristã é exatamente o vértice em que se cruzam duas características do caráter de Deus, aparentemente irreconciliáveis aos olhos humanos: a sua bondade e a sua severidade.

Desde os tempos de João, o batista, nos primórdios do Novo Pacto, quando Deus tomou a forma humana, e fez-se homem por amor aos homens, tem sido difícil conciliar o amor incondicional de Deus e sua capacidade de indignar-se contra as injúrias permanentes com as quais o homem natural tem agredido o céu. Ali, no deserto da Judéia, João Batista pregava o arrependimento e o batismo, e as multidões vinham a ele, muitas vezes, sem a genuína conversão, mas absolutamente convencidas de que essa era a única possibilidade de escapar da ira vindoura.

De lá para cá, os séculos tombaram nas esquinas do tempo, muita luz foi derramada sobre a natureza do amor divino, mas nós na qualidade de cristãos, somos acometidos igualmente por essa mesma linha fácil de pensamento, entendendo que, ao fazermos uma opção preferencial por Deus, colocamo-nos debaixo da sua proteção e somos, por inferência, resguardados do poder da sua ira. Não importam as escolhas pessoais que venhamos a fazer e nem mesmo as armadilhas que a vida possa nos oferecer. Teologias de vanguarda não faltam para nos equivocar prometendo prosperidade, alegria e felicidade, isentando-nos de todo sofrimento, fazendo-nos esquecidos de que " o juízo de Deus começa pala casa de Deus" e que, cada um de nós, responderá por seus atos diante do Criador, ou nesta vida ou na vindoura.

Vez ou outra deparamo-nos com esse juízo e experimentamos a severidade do seu amor colocando no prumo nossas opções e decisões pessoais e, quando isso acontece, somos consolados pela lembrança de que "assim como o pai corrige o filho a quem ama, nosso pai também nos corrige" e mesmo que doloridos, machucados, humilhados, recebemos a reprimenda não como um castigo, mas como uma correção necessária, pela qual temos oportunidade de avaliar nosso nível de submissão em relação aos atos soberanos de Deus.

Essa consciência de submissão filial é parte do aprendizado pelo qual todo cristão maduro deve passar sem murmurar ou questionar.

À luz dos "holofotes do céu" devemos contemplar o Deus de Israel interferindo nas nações e escolhendo vidas especialmente separadas para revelar o seu poder. E o que nos torna atônitos, não são os feitos de Deus, mas os motivos pelos quais Ele estaria enveredando por escolhas tão desatinadas, vergando espécies de dura cerviz, tocando territórios tão íntimos, devassando tesouros sagrados, pisando terra tão apaixonada. Aqui e ali, Deus escolhe e separa pessoas que jamais escolheríamos, se a nós fosse dado tal poder. Quem já não se deparou com ex-bandidos, ex-assassinos, ex-adúlteros e ex-adúlteras, no uso de prerrogativas divinas, no exercício de dons que lhes foram concedidos no momento da sua conversão? Quem já não viu de perto a materialização do versículo "aonde abundou o pecado, superabundou a graça?" Todos nós! Nós vemos, vimos e continuaremos a ver que as escolhas de Deus se baseiam em algo mais profundo do que os critérios éticos que abalizam as nossas escolhas pessoais.

Os atos de Deus existem de maneira intrínseca e ainda que nós desconheçamos os seus motivos, certamente, eles não necessitam dos nossa compreensão para existir.

Podemos estar diante da fronte submissa de um Paulo ou da dura cerviz de Faraó, isso não importa tanto. Importa é que a mensagem da cruz seja extraída dos despojos da alma e que Deus seja glorificado nesse despojar voluntário ou involuntário. A nós, seres perplexos, pequenos e humilhados por sua presença poderosa, resta interceder por salvação, clamar por iluminação e implorar que Deus tenha piedade de nós. Que ele use de misericórdia para com todos os homens, sejam eles pobres ou ricos, grandes ou pequenos, humildes ou poderosos, éticos ou não éticos, santos ou pecadores, conscientes ou inconcientes da servidão da terra em relação ao governo do céu. Porque ainda que a cruz não seja a mesma para cada um de nós, a mensagem da cruz será sempre possessão universal e eterna.

Em reconhecer esses atos, em contemplar esse reino, em propagar suas virtudes, em espalhar sua soberania, em anunciar seu poder, em difundir sua mensagem, em divulgar sua justiça, em reverenciar sua fidelidade, em aceitar sua severidade, eu quero percorrer, todos os dias, as avenidas martirizadas desse cristianismo milenar.


Texto: Ana Maria Ribas
Publicado no Recanto das Letras em 02/10/2007
Código do texto: T677761

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O Deus de cada um...

Li recentemente o livro "O Deus de cada um", de Waldemar Falcão, onde há testemunhos de 09 pessoas que tiveram suas vidas transformadas pela experiência religiosa. Havia testemunho de um membro da Igreja Universal, de um Pai de santo, de uma Monja, de um Sheik, de um Líder do Santo Daime, enfim...

A palavra religião vem do Latim "Religare" que significa "Tornar a ligar" ou "Religar" o homem a Deus. Desde a entrada do pecado no mundo, lá no Jardim do Edém(segundo os relatos Bíblicos) quando Adão & Eva desobedeceram a ordem de Deus e perderam o direito de permanecerem no jardim, o ser humano precisa de meios para se achegar a Deus. No início da humanidade Deus sempre na viração do dia vinha ao Jardim do Edém, ter comunhão com Adão & Eva. Mas o pecado, a desobediência quebrou essa comunhão.

Durante muito tempo o ser humano precisou de um sacerdote para oferecer sacrifícios a Deus e ter acesso a comunhão com Ele. Isso acontecia por meio de rituais religiosos, onde se ofereciam sacrifícios específicos para acessar a presença de Deus.

Mas um dia o "véu se rasgou de alto a baixo", o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, morreu na cruz do calvário para que eu, você e toda humanidade tivéssemos "livre acesso" a comunhão com Deus, sem a interferência de sacerdotes ou rituais religiosos. Hoje só é preciso um "coração quebrantado e contrito" que humildemente busque a Deus, para rapidamente encontrá-lo, pois, Deus não despreza um coração assim.

Dizem por aí que "todos os caminhos levam a Deus", mas isso só será verdade no dia do "juízo final" quando homens de todas as tribos, línguas e nações, estarão diante do Tribunal de Deus, com joelhos dobrados, confessando que "Jesus Cristo é o Senhor", e prestando contas de tudo que fizeram aqui na terra.

E esteja consciente, neste "grande dia", de nada valerá a sua religião, os rituais que você cumpriu. O que valerá mesmo é o nível de comunhão que você desenvolveu com Deus durante toda sua vida. Se você creu, verdadeiramente, que Jesus Cristo é o filho de Deus e obedeceu seus mandamentos (registrados no Novo Testamento - na Bíblia). Não adianta ser um religioso exemplar, se você não vive verdadeiramente uma vida de obediência a Palavra de Deus. Tem pessoas que conseguem obedecer com fielmente as regras da sua religião, mas não conseguem obedecer com fidelidade a Bíblia, a palavra de Deus, os mandamentos de Jesus. Essa atitude é como andar na contra-mão.

No juízo final, todos os caminhos levarão a Deus, mas hoje só há UM CAMINHO que você pode chegar a Deus:

"Dise-lhe Jesus: EU SOU O CAMINHO, a verdade e a vida. Ninguém vem ao PAI a não ser por mim." (João 14:6)


Texto: Andreé Veríssimo

Publicado no dia 30/07/08
no blog: http://metanoia.spaceblog.com.br

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Quando se espera em Deus



Existe uma música que gosto muito, "40" do U2 (minha banda preferida - Bono Vox & cia.), "I waited patiently for the lord/ he inclined and heard mey cry/ He brought me up out the pit/ out of the miry clay...", baseada no Salmos 40,
quando Davi fala sobre "esperar com paciência" pela resposta de Deus.

A grande realidade é que "esperar com paciência", conforme o Salmos 40, é um desafio e uma tarefa árdua, principalmente, para quem luta contra a ansiedade.

Muitas pessoas enganam-se, pensando que "esperar com paciência", significa uma espera sem conflitos, mas isso nem sempre é assim, pois "esperar" gera conflitos, medos e incertezas no coração, quando não estamos confiando plenamente em Deus. Às vezes duvidamos da fidelidade de Deus e a ansiedade é uma das provas disso. Então, queremos dar uma "ajudinha" a Deus, na tarefa de nos responder uma oração, em cumprir uma promessa, e por aí vai!

Muitos estão desanimados, enfraquecidos em suas vidas porque não conseguiram suportar os conflitos e o "tempo de espera". Muitos não aprenderam a conviver com e/ou superar os conflitos e precisam ainda aprender a "esperar com apciência" (Isso significa "esperar confiantemente").

Quando não se tem certeza da vontade de Deus, vive-se em conflitos e em dificuldades de esperar: "Será que é da vontade de DEus ou não?", "Quando será que Deus me responderá?", "E se Ele não responder o que devo fazer?", " E se Ele demorar a me atender, será que vou aguentar esperar?", "O que penso ser vontade de DEus é realmente a vontade Dele ou eu maquiei o meu desejo para que se parecesse com a vontade de Deus?".

Estou aprendendo que o "tempo de espera" é uam rica oportunidade de se conhecer melhor a Deus e descobrir sua vontade. É uma ótima oportunidade que tenho de provar que verdadeiramente confio em Deus. Quando você vive o "tempo de espera" tens a oprtunidade de aprender como eus está agindo,, experimentas a fidelidade de Deus e esse proceso te aproxima mais de Deus, fortalece sua fé e gera em você maturidade espiritual. O "tempo de espera" é um estágio essencial para todo aquele que deseja conhecer melhor a Deus, pois Ele vai se revelando, manifestando sua vontade, orientando o melhor caminho a seguir, fortalecendo nosso coração quando pensamos em desanimar e desistir...conduz-nos a experimentar o melhor que Ele reservou para nós.

Não é fácil "esperar com paciência", porém não é impossível. Os conflitos surgem, mas temos que vê-los como prtunidades de conhecermos melhor a Deus.

O essencial no "tempo de espera" não é apenas "esperar com paciência", mas esperar com confiança; seja qual for a resposta, temos que ter a certeza que essa "resposta" é o melhor de Deus para nós.

É assim que estou esperando uma "importante resposta" de Deus!
Um grande abraço...



Texto: Andreé Veríssimo
http://metanoia.spaceblog.com.br

domingo, 23 de novembro de 2008

Qual seu tipo de Madeira?

Senhor,
Ontem eu tive o privilegio de ouvir sua palavra, e ela tocou fundo no meu coração.

Pai,
Assim como o pregador, não entendo muito de árvores e madeiras, mas sei que existem várias como o pinheiro, o cedro e o carvalho.
Não sei qual delas poderia se comparar a mim.

Muitas vezes me vejo só como um graveto.
Fraca, frágil e sem muita utilidade.
Outras vezes, me vejo como um carvão, consumida pelo fogo das lutas.
Mas, o Senhor disse ontem:
“não importa de que madeira eu seja feita, nem o quanto dessa madeira já tenha sido queimada, que o Senhor faria uma obra de arte do que sobrou”.

Senhor, quem me lê
Não pôde ter o prazer de ouvir a sua voz
Então,
Eu te peço
Faça, Senhor,
uma obra maravilhosa em todos que lerem essa oração.

Transforme essas vidas, abençoe, multiplique a fé.
Restaure. Fortaleça.

Pois eu creio que,
em tuas mãos,
até as cinzas se tornam em esculturas valiosas.

Amém

Texto: Etelvina de Oliveira

Publicado no Recanto das Letras em 22/11/08
Código do texto: T1297846

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A igreja dos sonhos de Deus.

Quando o apóstolo João estava exilado na ilha de Patmos, por volta do final do primeiro século, a igreja já enfrentava dificuldades para se manter distante da influência do sistema religioso mundial. Por isso, já velho e no final da carreira, o Senhor lhe concede uma visão e de posse dessa visão, ele então, faz um apelo aos vencedores, para que vencessem a situação degradada do cristianismo de todas as eras.

O que João viu não era novo e nem velho. Apesar de suas palavras serem consideradas profecias, sabemos por revelação do Senhor que as igrejas ali representadas são um tipo das igrejas de todas as eras. Contudo, naquela ocasião, ainda se guardava a unidade da fé e todos os irmãos de uma determinada localidade formavam um único corpo cuja expressão era local em âmbito universal.

Isso é facilmente comprovado nas cartas que ele endereçou às igrejas da Ásia: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Para cada igreja corresponde uma cidade e esse é o padrão estabelecido pelo Senhor. Sempre que Paulo mencionava a palavra “ igreja” ele se referia a uma igreja local e sempre que ele mencionava a palavra “ igrejas” ele se referia a várias igrejas locais, em várias cidades, em uma mesma região. Por exemplo: Paulo escreveu às igrejas da Galácia. Galácia era uma província e não uma cidade. Por isso Paulo usou a palavra “ igrejas” no plural. Mas quando escrevia a uma igreja em uma cidade, Paulo usava a expressão no singular porque havia apenas uma igreja em cada cidade. Foi assim com a igreja em Corinto, com a Igreja em Roma, com a igreja em Filipos.

Em se tratando da igreja temos que discernir o aspecto universal e o aspecto local: a igreja universal é composta por todos os santos de todas as épocas e é real mas invisível. A igreja local é composta por todos os santos de uma mesma cidade. Ela tem por base uma localidade e é exatamente do tamanho de uma localidade, tendo um aspecto físico e um limite físico. Nela os santos podem ir e apresentar seus problemas, serem edificados conjuntamente, instruídos, consolados pela fé mútua e pelo funcionar de todos os membros.

O funcionar de todos os membros é condição para a edificação da igreja e tem sido um aspecto grandemente negligenciado dentro do cristianismo organizado. O desejo inicial do coração de Deus, manifestado na Velha Aliança, era que cada israelita lhe fosse um sacerdote. Por causa do episódio do bezerro de ouro, relatado em Êxodo 32, o Senhor determinou que apenas a tribo de Levi fosse separada para o serviço sacerdotal. Por esse motivo as demais tribos se tornaram inadequadas para exercerem a realeza e o sacerdócio. Mas a Nova Aliança traz-nos de volta ao princípio, conforme está escrito em 1 Pedro 2:9 : “ Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”

Jamais foi desejo do coração de Deus que algumas pessoas lhe sejam sacerdotes enquanto outras se ocupem dos assuntos mundanos. Jamais foi desejo do coração de Deus estabelecer uma classe intermediária de irmãos que se ocupem das coisas santas, enquanto os demais se ocupam das coisas profanas. Jamais será desejo do coração de Deus fortalecer o sistema de nicolaísmo pelo qual uma hierarquia toma para si cargos e funções desprovidas de realidade espiritual. Não obstante, hoje, a sublime missão de expressar o Senhor fica restringida a alguns poucos privilegiados que o cristianismo organizado separa e comissiona em postos e funções.

Dentro desse conceito, nas reuniões dos santos, apenas esses podem funcionar enquanto os demais compartilham a mudez dos ídolos. Não há partilha, não há desfrute, não há comunhão. Nesse sentido, as reuniões dos santos tomam para si a maldição que está registrada no Salmo 115: “ Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Tem boca mas não falam, tem olhos mas não vêem, tem nariz mas não cheiram, tem mãos mas não apalpam, tem pés mas não andam. Tornem-se semelhantes a eles os que o fazem e os que nele confiam.”

Nosso Deus é um Deus vivo que fala, que vê, que cheira, que toca, que anda. Por que razão, nós, que temos o habitar interior do Espírito seríamos semelhantes aos deuses que não falam, que não vêem, que não cheiram, que não tocam, que não andam? Se confiamos no Deus Vivo precisamos expressar o Deus vivo. E nessa expressão temos então o modelo que Paulo estabeleceu para os crentes de Corinto:

“Quando vos reunis cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” "Cada um" e não apenas um ou dois.

Essa é a igreja dos sonhos de Deus.


Texto: Ana Maria Ribas Bernardelli

Publicado no Recanto das Letras em 15/08/2008
Código do texto: T1130081

Oração a si mesmo...

Você faz uma prece ao levantar ou ao se deitar? Já fez uma prece a si mesmo?
Olha só:
que eu me permita olhar, escutar e sonhar mais..
Falar menos.
Chorar menos.
Ver nos olhos de quem me vê a admiração que eles me têm e não a inveja que penso que têm.
Permitir sempre escutar aquilo que eu não tenho me permitido escutar.

Que eu possa viver os sonhos possíveis e os impossíveis;
aqueles que morrem e ressuscitam:
a cada novo fruto,
a cada nova flor,
a cada novo dia.

Que eu saiba reproduzir na alma a imagem que entra pelos meus olhos fazendo-me parte suprema da natureza, criando-me e recriando-me a cada instante.

Que eu possa chorar menos de tristeza e mais de contentamentos.

Que meu choro não seja em vão, que em vão não sejam minhas dúvidas.

Que eu não tenha medo de nada,principalmente dos meus medos.
Que eu adormeça toda vez que for derramar lágrimas inúteis e desperte com o coração cheio de esperanças.
Que eu possa amar e ser amado.
Que eu possa amar mesmo sem ser amado, fazer gentilezas quando recebo carinhos; fazer carinhos mesmo quando não recebo gentilezas.
E... Que eu jamais fique só, mesmo quando eu me queira só.

Amém.


Texto: Oswaldo Antônio Begiato
(mensagem lida pela apresentadora Ana Maria Braga, no programa Mais Você)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O que é a Morte para você?

Confesso a vocês: Os textos que têm tudo de Deus e pouco de mim, sabe-se que são mais de Deus do que meus. Mas também não me sinto à vontade, apenas revelando Deus em mim: porque os que querem apenas Deus, não virão até à minha escrivaninha. Irão até o pastor, até o rabino, até o padre, até a natureza, até dentro de si, e ali encontrão Deus. Portanto, meus textos hão que ter medida. Hão que ter proporção. Hão que ter convergências, onde o meu leitor possa identificar: aqui está Ana, aqui está Deus, aqui estão os dois juntos. E aqui estamos nós.

Ontem, o sentimento de não ter feito o dever de casa, ficou revirando dentro de mim, até que, cansada de ser revirada, tomei a decisão de escrever sobre o significado da morte para o cristão. Quero apresentar esse tema a vocês, sem ignorar o apelo, sem fingir, como fingi até agora: “ não, isso não é comigo.”

É comigo porque a comissão é divina. E se tenho que falar sobre a morte, melhor falar enquanto ainda estou com vida, do que partir devendo a explicação. Uma explicação apenas espiritual, baseada na Bíblia, e na observação pessoal sobre os dois lados de uma mesma moeda, com a qual todos nós efetuamos transação: a vida e a morte.

Não dá para varrer e esconder embaixo do tapete os sentimentos que estão aflorados dentro de alguns de nós. Vidas tão jovens estão cruzando a linha de fronteira da morte. Esta semana, eu vi, como alguns de minha cidade também viram, mas creio ter visto mais, do que todos aqueles que viram.

Exatamente por ter visto tanto, Deus encarregou-me de compartilhar com vocês: os de perto e os de longe, todos por quem os sinos dobram também. Quero compartilhar enquanto ainda está fresco, enquanto a memória recente permanece preservada. Tenho, pois, o encargo de compartilhar o que vi.

Eu vi: A paz na imobilidade da pedra. Essa imensa paz falou da eternidade com tamanha força que hoje sou a porção mais expletiva, aquela que serve para preencher e completar o que faltou dizer. Sendo que não faltou nada. Em pura serenidade, ele nos disse tudo.

Apenas imóvel, apenas dormindo, apenas sonhando, apenas obtendo a restituição que pediu a Deus, apenas sendo frágil, apenas desprezando a força, apenas querendo colo de mãe, apenas pedindo a última morada, apenas suplicando o teto em dia de chuva, apenas desejando a cama em dia de frio, apenas dizendo: “eis o berço” afinal, – ele nos disse tudo.

Eis o berço onde o guerreiro triste repousa das guerras que não declarou, das batalhas que não deflagrou, da miséria que não decretou, das angústias que apenas viveu, do mundo que não lhe fez juz. Eis o berço, onde tudo parece ganhar um sentido novo. Um sentido novo, que afronta o sentido velho. O velho acordar, o velho andar, o velho acumular, o velho entesourar, o velho aprender, o velho ensinar: tudo velho.

Desse tudo velho, que a nós, os vivos, parece tão novo, a cada dia, e pelo qual nos gastamos tanto: O trabalho, que nos pede a máxima pontualidade; a vida acadêmica, que nos exige o máximo saber; o amor, que não exige nada, mas nos impele a tudo; a política, que só nos basta sofrer - nem precisamos fazer; os bens de consumo, que consumimos tanto, até que eles nos consumam à exaustão de toda uma vida.

Então, cabelos brancos, olhos embaçados, mãos trêmulas, passos indecisos, só então dizemos: “é isso a vida?”

Não é isso a vida. Vida é um estágio e não, apenas, um estado. Um estágio que requer de nós bem mais do que a mera concentração de esforço humano para manter o processo bio-químico em funcionamento. A verdadeira vida é da mesma qualidade de vida inerente a Jesus, a vida eterna, a vida que guarda dentro de si mesmo - a própria origem da vida.

Jesus é Deus. “ No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e Verbo era Deus.”João 1:1

Ele estava ou Ele era? Ele era e Ele estava! Eis aí um mistério! Ele era um, fez-se dois e, na formação do homem, finalmente, três: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.”(Gn 1:26).

O Pai planejou, o Filho executou e o Espírito substantifica e torna realidade para nós as coisas espirituais.

Não por coincidência, mas por realidade, o universo inteiro é formado por átomos e os átomos são compostos de prótons, neutrons, e elétrons. Três fazem Um e esse que é Um faz movimentar o universo inteiro, que é formado pelos Três. Eita Deus! (Obrigada meu Deus, por essa revelação tão simples, tão pura e tão cristalina!)

E o que é então a morte? A morte é a libertação do susto, da perplexidade, da impotência, do medo, do mal, das manchetes hodiernas de cada dia: essas, no pós morte, não nos atingem mais.

Mas a vida é depositar, finalmente, todas as dores, todas as angústias, todas as perplexidades, todos os temores, nas mãos daquEle que venceu a morte por nós. Isso é a vida.

A morte, para o cristão, é o que está descrito em Isaias 57:1-2 “ Perece o justo e não há quem considere isso em seu coração que os homens compassivos são retirados, antes que venha o dia do mal? Entrarão em paz, descansarão nas suas camas os que houverem andado na sua retidão.”

Morte é um estado de paz, um sono, um descanso, uma ausência de sofrimento, um não mais saber notícias do caldeirão do inferno, um não mais ser alcançado por quaisquer enviados das trevas, que tentem fazer de nós, o tema da última reportagem.

Sinto dizer-lhes, a vocês, que se gastam tanto em busca do sucesso, do trabalho, da projeção social, da ascenção econômica, do vil metal, sinto dizer-lhes que todos morrerão com falta ou excesso de sucesso, de trabalho, de projeção social e de ascenção econômica. Morrerão impregnados de reais, de dólares, de euros, e morrerão até que pelo nariz lhes escape os vermes.

A terra tem sido injuriada pela inversão de valores, pelo descaso com o planeta, pela pompa e circunstância dos humanos. A terra é simples. Ela quer apenas a companhia do sol. Mas, por vezes, parece-me que alguns humanos, têem a pretensão de querer ser mais do que verdadeiramente somos, e a a terra não nos perdoará por isso. Ela não perdoará a intromissão humana no seu projeto perfeito, elaborado pelo grande Arquiteto do Universo. Ela nos comerá a todos – nhoc, nhoc, nhoc- e para isso tem sido ajudada pelos vermes. Os vermes e a terra são irmãos que se unem contra o inimigo comum. O mesmo inimigo que, lá no Jardim do Éden, invadiu a nossa vida, e nos fez pensar de nós mesmos mais do que convém.

O homem é o grande predador da terra. Sua ausência faria um bem extraodinário ao Planeta emporcalhado pela imundície dos homens. Um exílio involuntário, por alguns milhões de anos, seria muitíssimo bem recebido pela bicharada nativa – que chegou primeiro, diga-se de passagem.

Contra a terra, estão todos aqueles que alimentam-se da árvore do conhecimento do bem e do mal, e dela fazem o combustível de suas vidas. Esta é a era do conhecimento. Nunca se acumulou tanto conhecimento, como, também, nunca se chegou tão perto de colocarmos em risco a existência da vida biológica no planeta. Com tanto conhecimento.

Mas a terra, embora seja a nossa casa, o nosso ninho, o planeta que ocupa um lugarzinho no Sistema Solar, que por sua vez está abrigado, não no centro, mas na periferia da Via Láctea, - a terra - ainda não é o alvo: o alvo é o homem.

Está chovendo em nossa cidade: chove na terra. Que diferença isso fará? Que diferença fará saber que choveu? Que diferença fará, assistir a vitória do próximo(a) prefeito(a)? Que diferença fará, se houver uma recessão econômica em âmbito mundial? Se houver dinheiro, e não houver alimento? Se o efeito estufa, estufar a terra? Que diferença isso fará?

Tudo bem, você quer que eu mencione o oposto, o lado bom da vida. Pois aceito o desafio. Farei isso também: que diferença fará, se as estações produzirem o verão no verão, e o inverno no inverno? E entre elas, o outono, seguido da primavera? Que diferença fará, se as bouganvileas florirem todas? Se não houver mais pobres na terra? Se o Brasil ganhar todas as copas do mundo? Se a próxima rodada Dhoa chegar a um consenso que não nos doa no bolso? Que diferença isso fará?

Morreremos todos. Ao fim do ciclo, tombaremos: um após o outro. E outras chuvas virão, outras estações suceder-se-ão, outras guerras e outras pazes serão estabelecidas, outros homens nascerão, com uma porção de maldade intrínseca, e igualmente, morrerão.

Para os mortos, não faz nenhuma diferença os fatos naturais ou sobrenaturais da terra. E para nós, - que somos os mortos em outra forma, - que diferença isso fará daqui a 50, 70, ou 100 anos?
Diante da eternidade, apenas uma coisa pode fazer diferença: sermos filhos de Deus, pela preciosa redenção efetuada por Jesus Cristo, e recebida por nós como presente do céu. Pura graça! Para isso, é necessário um transporte de reino: o homem precisa sair da esfera de Adão, e entrar na esfera de Cristo. De que maneira isso se faz? A fórmula bíblica é: Crer com o coração e declarar com a boca. Crer e dizer: “Eu recebo Jesus Cristo como meu único e suficiente Salvador! ( Romanos 10: 8-10).

Fomos programados por Deus para sermos seus filhos, - em Cristo,- e na qualidade de filhos, nem a morte e nem a vida deveria nos amedrontar. Nossa luz está acima e além, como cidade edificada sobre o monte. Nada nos atingiria se compreendêssemos, enfim, a posição que nos está garantida, por herança, nas regiões celestiais.( Efésios 1)

A morte para nós é como o ferimento no calcanhar de Cristo: um sono, do qual acordaremos sem maiores danos. ( Gn. 3:15). Mas, para aqueles que não pertencem a Cristo, a morte será como o ferimento na cabeça da serpente: morte eterna que não é morte mas um queimar eterno no lago de fogo. (Apocalipse 20: 11-15).

Embora essa verdade seja objetiva e segura, poucos atingiram a revelação interior, capaz de revolucionar toda a existência humana. Tentamos, mas não conseguimos atingir esse estágio; não conseguimos elaborar o fato maravilhoso que Paulo descreveu em 1 Coríntios 2:9: “ as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.”

Não obtendo a substantificação dos fatos espirituais, sofremos. E por sofrer, choramos. E por chorar, comovemos o coração de Deus. E finalmente, Deus, comovido ao extremo com um sofrimento extremamente desnecessário, intervém e diz : Vem! Vem para o mundo dos irremediavelmente vivos e tome posse, por antecipação, da herança eterna que vos está preparada, desde antes da fundação do mundo.

A morte é um castigo, a morte é o último inimigo a ser vencido, mas para os filhos, Deus concedeu o penhor do Espírito que se contrapõe à morte. Com o nosso penhor, a morte não nos toca.

Há serenidade e paz naqueles que dormem em Cristo. A paz que eu vi estampada na face imóvel e serena, que ardia em vida. A paz que já não me deixa distinguir se: mortos somos nós - os vivos, - ou se vivos, são os que morrem em Cristo, antes de nós.

Texto: Ana Maria Ribas Bernardelli
Publicado no Recanto das Letras em 02/10/2008
Código do texto: T1207208

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Enquanto houver amanhã.

Estou conseguindo atravessar a tríade dia das bruxas, dia de todos os santos e dia de finados. Eu sempre consigo, pela graça de Deus. Faço uma ponte sobre o abismo, e chego do outro lado, com a consciência mais iluminada pela súbita aparição de Deus. Deus sempre me aparece usando alguns de vocês para dar o ar da sua graça. Quando Ele quer me dar a graça inteira, Ele vem sozinho.

A cultura religiosa despersonaliza o homem quando institui um dia dedicado a todos os santos e quando pensa que santo é apenas aquele, ou aquela, que após ter algum milagre comprovado, recebe, enfim, a designação de santo.

Fico muito feliz em poder lhes dizer que não é isso o que a Bíblia diz. A Bíblia diz que santos somos todos aqueles que entregamos a nossa vida a Cristo e procuramos viver na linha do tempo, dentro dos padrões cristãos – ontem, hoje e amanhã, enquanto houver amanhã.

Esse “procurar viver” é um processo de canonização, em vida, e inclui algumas quedas e ascensões diárias. Quando se trata desse tipo de “canonização” a santificação não é um meio pelo qual se atinge o “status quo” , mas é um fim, no sentido etmológico de fim. Sermos mais semelhantes a Cristo em suas virtudes humanas, enquanto vivemos e nos movemos nesta terra, até o fim, exige uma ampla revisão do conceito de fim.

Há um fim em cada dia, há um fim em cada decisão, há um fim em cada ação ou reação, há um fim em cada mínimo gesto. Há que se entender e aceitar que a vida é feita de fim, e se existem meios para o fim, esses são sempre para a finalidade máxima - que naquele momento nos escapa. Que é sempre sutil. Que é simbólica.

Como todo simbolismo, o fim é um rito de passagem para um novo começo.

Mas quem são os santos, quem são esses que sem o saber, tomam decisões iluminadas de pôr um fim a tudo que precisa ser finado e pôr um começo a tudo o que precisa ser começado? Porque todo fim pressupõe um começo. Não há nesse mundo orbicular nenhuma sentença abismal de fim: “nada se perde, tudo se transforma.”

Santos, pois são esses que compreendem o momento de transformar o fim em um novo começo. O conceito de santo é mais amplo do que os manuais religiosos nos ensinam. Santo não é apenas aquele que alcança a aura das pessoas iluminadas e responde com enigmas ainda mais profundos aos nossos enigmas mais rasos. Santo não é apenas aquele que contempla o céu do alto de uma montanha, sem nenhuma preocupação com a fome que assola o mundo. Santo não é apenas aquele que se gasta em prol da humanidade, para matar essa mesma fome de pão ou de comunhão. Santo não é apenas aquele que já foi canonizado pela igreja católica e ocupa o seu equivalente arquitetônico nos altares.

Quando estive em Barcelona, visitei a Igreja da Sagrada Família, concebida pelo famoso arquiteto catalão Antonio Gaudí. Que foi aquilo, meu Deus! O homem, o santo Gaudi, conseguiu criar na terra a concepção mais pungente do seu céu. Aquela construção mágica, que se quer tocar para ter certeza de que existe, só pode ser substantificada por quem já teve uma mínima visão do sagrado. Quem não teve, não verá a Igreja da Sagrada Família e nem o santo Antonio Gaudí.

Santos são todos esses e mais esses: os puros de coração que estão -aqui e agora- no mundo, quebrando a cara, sem nunca desistir de querer celebrar a Deus com as suas construções verbais, emocionais e conceptuais.

A palavra “santificado” quer dizer separado e quem nos separa para ser santo é o próprio Deus. O conceito mais objetivo de santificação a ser entendido está nos rituais de sacrifício que eram exigidos do povo judeu no Velho Testamento.

Escolhia-se um cordeiro para ser imolado e o cordeiro era, então, separado dos seus iguais, no momento dessa escolha. Aquele que era separado, instantaneamente, tornava-se diferente. Depois de se tornar diferente, seu destino não era mais comum.

Ser conduzido ao altar para morrer é diferente de estar no pasto para viver. Concordam comigo?

Morto o cordeiro, era esfolado, esquartejado e queimado. O fogo que subia do seu corpo, fazia ascender um perfume agradável a Deus: um incenso suave.

Em que momento o cordeiro passara a ser santo? No momento em que fora separado dos outros cordeiros, no pasto. A partir dessa separação, cada passo em direção ao templo, tornava o cordeiro ainda mais santo. A santificação em trote lento, aproximava o animalzinho da morte. Mas ele ia, porque era-lhe dado ir.

Quando o cordeiro adentrava no átrio exterior do templo, a morte estava cara a cara com ele. E mesmo que desejasse fugir, não havia como fugir: morrer lhe era uma condição inexorável porque ele fôra separado.

Uma vez separado do rebanho, a sua vida não lhe pertencia mais. Seu destino era ser morto, esfolado esquartejado e queimado: uma parte alimentava as pessoas mais próximas, e outra parte subia como incenso suave a Deus.

Hoje o conceito de santificação ainda é o mesmo. Santo é aquele que é separado, que não segue a corrente do mundo. Mas isso ainda é pouco, se lhe exige mais. Santo é aquele que anda em direção contrária aos seus sentimentos.

Porque todo homem anseia por liberdade. Ser livre é a meta e a necessidade básica de cada um de nós. Mas a liberdade humana tropeça na cruz de Cristo. O Cristo que, desejando não morrer naquela cruz, ainda assim, deitou-se, estendeu os braços, e morreu. Conformou-se à vontade Maior.

Santos são esses – esses que cultivam a consciência da santidade máxima, adquirida na santificação mínima de cada dia. Mesmo que o conceito de santidade máxima ainda nos escape, perigosamente, pelo vão dos dedos. Nesse sentido, todos os homens são santos.

Nesse sentido, eu quero saudar a todos nós, no dia de todos os santos. No calendário cristão foi ontem, mas no meu calendário sempre será ontem, hoje e amanhã, enquanto houver amanhã.

*A imagem mostra a Igreja da Sagrada Família em Barcelona. Foto pesquisada no Google.



texto: Ana Maria Ribas

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O quê O agrada certamente te custa a busca e a dedicação

Quando estou doente, oro
Quando estou alegre, agradeço
Quando estou decepcionado pergunto a Ele
Quando estou extasiado é nEle que penso!

Ter fé é um estilo de vida que me veio no meio da dor e da agonia.... não me veio quando eu estava gordo e cheio de riquezas humanas.....
Alias, nesse período a minha prepotência era tão grande que mal cabia nas minhas calças....
Você que tem bens e se sente sem dor e tem fé, LOUVADO SEJA VC, pois eu a conquistei aprendendo a passar pelas tormentas junto com ELE ( DEUS TRINO ) e
hoje agradeço por ter aprendido e continuar a aprender.....
E no meio das minhas tormentas pensava em como ganhar Deus pro meu lado afim
de que ELE tornasse MATERIAL os meus desejos e descobri que:

Hebreus 11:6 – “Sem fé ninguém pode agradar a Deus, porque quem vai a ele precisa crer que ele existe e que recompensa os que procuram conhecê-lo melhor”

Dai me perguntava de onde vinha a fé?

Romanos 10:17 – “Portanto, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem vem por meio da pregação a respeito de Cristo.”

UAUUUUUUUUUUUUUUU bastava decorar a palavra..... EBAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Pois é! Mas depois pude descobrir que vivê-la é que nos traz a verdadeira e COMPLETA FÈ!

Tiago 1. 21 – “Portanto, deixem todo costume imoral e toda má conduta.
Aceitem com humildade a mensagem que Deus planta
no coração de vocês, a qual pode salvá-los.
22 Não se enganem; não sejam apenas ouvintes dessa mensagem, mas a ponham em prática.
23 Porque aquele que ouve a mensagem e não a põe em prática é como uma pessoa que olha no espelho e vê como é.”

E cá estamos... com as nossas dificuldades humanas, com as nossas lutas pra vencer as hipocrisias mais interiores, pra deixar de culpar o Pai quando as cosias vão mal, e depois que li “A CABANA”, fiquei tão deslocado , que passei a meditar na VIDA DA PALAVRA e a cada pequeno comentário sobre o outro, a cada vez que prefiro desonrar o outro eu me pego como um rélis homem na busca pelo sangue do cordeiro.

Bendito seja o Pai de todas as misericórdias que apesar das nossas fraquezas esta aqui sempre nos olhando e nos acalentando com a sua palavra e com os seus Anjos humanos e celestes que nos são apresentados afim de nos por de pé e na luta!
Que esta singela oração toque nos corações cansados e oprimidos lhes dizendo:
AQUI TEM UM QUE APESAR DOS PESARES ESTÀ ASSIM COMO VOCÊ
E QUE SOFRFE POR VOCÊ IRMÂO!
Quem dera pudesse eu ter muito mais compaixão e muito mais carinho, mas assim como você, eu também estou na luta

Pai te peço CHUVA DE BENÇÂOS SOBRE ESTE que me lê e que possas estar falando a esse coração e se precisares que eu faça algo por esta vida preciosa,
EIS ME AQUI!


AMÉM

Texto: Franco Catena

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Filha do REI

“De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho,
também herdeiro por Deus.” Gálatas 4:7


Uma das grandes vantagens que a internet oferece é a possibilidade de conhecer pessoas do mundo inteiro. Sem sair do seu PC, você fala on-line com parentes ou amigos; localiza pessoas; visita outros países e, agora, tem seus poemas e textos lidos por amigos virtuais do Recanto das Letras, por exemplo.
Eu gosto é de conversar. Um dia desses, contei para uma amiga de Salvador que meu pai era baiano.
Para quê fiz isso?
Ela me encheu de perguntas do tipo: é natural de qual cidade? Qual o sobrenome da família dele? Onde moram seus parentes aqui? Tem algum tio ou primo conhecido na Bahia?
Como não soube responder a nenhuma das perguntas, percebi que nunca liguei para esses detalhes.
Minha amiga também percebeu e arrematou gargalhando: “E se você for herdeira de algum parente rico?”.
Encerramos o papo e fiquei pensando nisso: genealogia.
Lembrei-me da primeira vez que li a Bíblia desde o início. Foi tudo bem até chegar o Primeiro Livro de Crônicas – a seção das genealogias da Bíblia. A listagem não ocupa apenas uma página ou um capítulo – cobre oito capítulos! Devo confessar que esse livro do Velho Testamento foi passado por alto naquela época.
Achei tudo confuso e complicado.
Mas, e a minha história?
Sou filha do segundo casamento do meu pai e não conheci meus avós paternos. O pai da minha mãe morreu quando ela era pequena, e a mãe dela quando eu já tinha 18 anos. Minha mãe nasceu em Minas e foi criada no Paraná, até vir para São Paulo. Tem parentes espalhados nos dois estados, muitos eu nunca conheci.
Até mesmo os parentes que moram em São Paulo é difícil de se encontrar, fora dos funerais.
Sério! A vida é corrida em Sampa. Todo mundo trabalha nessa cidade, isso sem falar na distância de um bairro ao outro.
Acabamos nos afastando, sem perceber.
Posso dizer que só meus irmãos e eu - com suas respectivas famílias - permanecemos mais próximos e ligados a minha mãe.
Ainda bem que minha irmã mais velha, a Belkis, guarda um livro com toda a história da família “Teixeira de Oliveira”.
Nosso primo Marcos, filho da tia Edite, passou anos mergulhado na nossa linhagem. Ele copilou seus achados num livro que, depois de publicá-lo, presenteou todos os primogênitos da família.
Depois desse papo sobre genealogia na Internet, eu li o volume com interesse e fiquei orgulhosa de nossa herança.
Somente quando você conhece suas raízes, bem como as lutas enfrentadas por seus antepassados, é que as histórias de família adquirem significado.
Não encontrei coisa alguma que indicasse relação com a “realeza”, mas cada um de nós pode alegar pertencer à família do Rei do Universo.
Não há parentesco melhor que alguém possa desejar.
Ao estudar o “Livro de Histórias de Deus”, podemos obter conhecimento e instrução sobre como nos tornarmos herdeiros do Seu reino.
Davi escreveu no Salmo 127-3 que “herança do Senhor são os filhos”.
Que maravilha!
Que Deus nos dê graça para aprender a defender e honrar o seu nome como legítimos herdeiros dele.


Boa noite!


Texto: Etelvina de Oliveira

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Nem isso Deus ignora

Há dias em que me conscientizo de, que, verdadeiramente, Deus pode todas as coisas, até mesmo aquelas que eu não ousaria determinar. Há horas em que me refugio na plena convicção de que Deus tem todo o poder. Trata-se de um pensamento absolutamente óbvio, mas que só me ocorre em situações especiais. Nesses momentos, invade-me a devoção, a contrição, e na seqüência dessa lembrança, prostro-me diante da sua soberania, pequenina e indecisa como formiguinha, na superfície de uma parede: não me movo com a lógica dos que conhecem a direção, mas com a fidelidade cega daqueles que, perdidos nas múltiplas possibilidades do caminho, experimentam uma estranha espécie de gravitação.

Essa força gravitacional Newton não explicou. Newton explicou que “a matéria atrai a matéria na razão direta de suas massas e na inversa do quadrado de suas distâncias.” Conclusão deveras importante para os físicos, para os matemáticos, para aqueles que se dedicam ao estudo dos astros, do Sol, dos Planetas, mas absolutamente sem relevância para mim, em circunstâncias nas quais só posso depender da mão divina. Na brecha dessa proposição, encontro ocasião para contemplar o gravímetro de Deus, pesando cada acontecimento de minha vida “na razão direta de seus planos e na inversa do quadrado de minhas decisões...” Parodiando Newton, vejo Deus exercendo sobre mim a gravidade de seus desígnios soberanos.

Um olhar atento sobre a história pessoal de cada personagem bíblico, confirma uma lógica orbicular encadeada, cumprindo propósitos bem maiores do que a mera satisfação dos desejos humanos. Em cada pequena ou grande citação bíblica, acerca dos personagens mais famosos ou mais obscuros, nota-se a obra de um Criador Inteligente, dispondo circunstâncias pessoais da maneira como convinha ao seu Plano Eterno. De maneira que, a nós, seus servos, só resta a disciplina da vontade nas mútuas reações de aglutinação entre o que ousamos sonhar, de longe, para a nossa existência, e o que ele determinou, de perto, para protagonizarmos.

Nesta ocasião, não desejo realizar aqui uma apologia à predestinação. Outros teólogos talvez se dediquem a isso com muito mais propriedade do que eu poderia fazê-lo. Mas quero contemplar o determinismo conseqüente da história, como elementos inevitáveis, soprados por ventos fortes e sustentados por mãos poderosas.

Quero me permitir essa visão porque ela me (des)acelera, me tranqüiliza, acalma as batidas do meu coração, baixa o meu metabolismo, traz repouso para minha alma cansada de tantas guerras.
E entre o mistério e a contemplação, ainda encontro ocasião para render a Ele toda honra e toda glória.

Quero glorificar o Deus “da plenitude dos tempos.” Há uma plenitude dos tempos em todos os atos permitidos por Deus, cuja execução não pode anteceder ou preceder o momento que Ele escolheu, desde antes da fundação do mundo.

Se esse momento é ou não ideal para você, se esse acontecimento é ou não agradável à sua alma, não importa tanto quanto o impacto da revelação de que tudo quanto está acontecendo, tem acontecido, ou vai acontecer à sua vida, foi permitido e cronometrado com a infalibilidade do Deus da plenitude dos tempos.

Se você está sorrindo, este é o tempo de sorrir. Se você está prosperando, este é o tempo de prosperar. Se você está descansando, este é o tempo de descansar. Mas se você está chorando, este é o tempo de chorar. Se você está experimentando todo tipo de tribulações, este é o tempo de suportar a disciplina de Deus, em nome de Jesus.

No calendário de Deus há uma programação que não atrasa e nem adianta, e ainda se cumpre, religiosamente, segundo objetivos eternos. Não há espaço para o acaso, a sorte, a coincidência, ou qualquer “carta de baralho do destino”, porque “sabemos que todas as coisas contribuem conjuntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto.”( Romanos 8:28).

Pascal, em um de seus momentos de angústia existencial, desabafou, dizendo: “Quantos reinos nos ignoram!” Mas o Salmo 139 fala de um reino cujo Rei conhece o mais profundo do nosso ser. Fala de um imenso, contínuo e ininterrupto desvendar-se aos olhos atentos de um Rei que tudo vê:
“Senhor, tu me sondas e me conheces.
Tu conheces o meu assentar e o meu levantar: de longe entendes o meu pensamento.
Cercas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos.
Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces.
Tu me cercaste em volta e puseste sobre mim a tua mão. Tal ciência é para mim maravilhosíssima: tão alta que não a posso atingir.
Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também.
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
Se disser: decerto que as trevas me encobrirão, então a noite será luz à roda de mim.
Nem ainda as trevas me escondem de ti, mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa....”

Em meio às dores, às dificuldades, às provações, podemos experimentar a espécie de paz que excede todo o entendimento e a certeza interior de que “Deus não nos ignora.”

Em situações de extrema fragilidade emocional, corremos o risco de dramatizar o cenário e supervalorizar o drama pessoal, a ponto de nos privarmos, eventual e momentaneamente, da visão de êxtase da glória de Deus.

Nessas circunstâncias, é possível que avaliemos a eternidade pela ótica desfavorável do momento, desviando a visão do céu, enquanto prosseguimos caminhando para lá. Tudo isso é mera fraqueza humana. Mas perder de vista a onisciência, a onipresença e a onipotência de Deus é banalizar o Divino. Do alto de seus atributos inevitáveis, nem isso Deus ignora...



texto: Ana Maria Ribas Bernardelli

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A minha é melhor

É engraçado como apesar dos anos, muitos de nós ou a maioria, continua com uma das características mais marcantes da infância: o egoísmo.
Achamos que tudo que é nosso é especial. Maior. Melhor. Perfeita.
Aqui, incluí-se até as doenças. Nossa dor de cabeça é pior que de fulano, nosso problema intestinal foi mais grave, quase morremos de gripe, de febre, de pressão alta e etc.
Só faltamos andar com um placa: Veja como sou especial, apesar de tudo ainda estou viva. No caso do políticos, nem se fale!
Muitas vezes nem conhecemos, não experimentamos, não vimos, mas, pela nossa lógica, a nossa é melhor.
Acho que daí vem nossa busca pelo perfeccionismo – o “achismo” também nos pertence.
Pois, bem, dei essa volta toda para incluí-lo nesse texto. Você achou que ficaria fora disso?
Sou egoísta, mas nem tanto.
Antes vou relatar o quê me levou a arriscar a passar por essa experiência, que vivi ontem.
Morava eu em uma rua tranqüila e sossegada de um bairro antigo de Sampa (não vou dizer qual, pois já me disseram que net é um perigo e não vou ser menos esperta que ninguém kkkkk), quando uma agitação estranha mudou o local.
Em alguns dias da semana, principalmente aos domingos, o vai e vem de transeuntes por aqui chamou minha atenção.
Como não gosto de fofocas perguntei para uma das pessoas mais observadoras e discretas do meu prédio: a porteira.
- Nossa, Valdislene, nossa rua anda agitada, né?
- Pois é, dona Etelvina, abriram uma igreja aqui no fim da rua. Sabe aquela que passa na TV? Não lembro o nome do pastor, mas é uma que faz milagres. Acho que esse pastor era da Igreja Universal e que abriu essa aqui. Tem cultos quase a semana toda e no domingo.
Antes que eu perdesse a hora do serviço, achei melhor interrompê-la.
- Ah, então é isso! Hoje o dia está lindo, né? Tchau, Val, bom dia pra você.
- Tchau. Lembrei o nome dele: Pastor Valdomiro.
- Ok.
Apresso o passo e vou rodando a manivela da memória até chegar na imagem do pastor Valdomiro.
Hummm, veio da igreja Universal, faz programa de TV e rádio, deve ter a mesma conduta, deve fazer os mesmos milagres.... deve e deve.
Junto com as recordações veio toda a lista de preconceitos e “achismos” que a desqualificavam como uma Igreja Evangélica de respeito.
A minha sem dúvida é melhor!
Encerrei o assunto.
Mas, tempo vai, tempo vem, comecei a prestar mais atenção no assunto:Igreja Mundial. Assisti trechos do programa. Abri os ouvidos para comentários paralelos e, finalmente, cheguei a um e-mail que recebi de um amigo virtual, membro de uma denominação evangélica que não lembro o nome, que falava sobre os milagres que estão acontecendo nessa igreja.
Ontem - voltando ao assunto que me levou a escrever esse texto-, resolvi dar uma espiada nessa igreja.
Entrei desconfiada.
O espaço é enorme e cheio de cadeiras que formam um círculo em volta do palanque que serve de púlpito.
Escolhi um lugar e sentei. A disposição das cadeiras facilita a visibilidade e ainda tem a ajuda de telões.
Coisa para nenhum incrédulo colocar defeito.
Que dirá a minha pessoa, evangélica, crente no Senhor Jesus, e ligada com as coisas do céu.
Pois é, igreja não salva ninguém, quem transforma o homem é Deus. É da Graça do Senhor Jesus que vem a mudança do velho EU.
Entrei naquele local cheia de favoritismos em relação a minha igreja e contra as demais do mundo todo.
Mas não há como resistir ao poder do Espírito Santo. Onde ele opera não há confusão.
Eu fui e vi.
Pessoas foram curadas. Uma senhora de 80 anos levantou da cadeira de rodas e andou. Homens e mulheres sentados oo meu lado foram libertados.
Na pregação do pastor Valdomiro uma frase ficou marcada no meu coração: “aquele que busca mais, recebe. Porque chega mais perto de Deus.”
Saí da igreja feliz, meditando na palavra que foi ministrada que se encontra em Eclesiastes 2, do versículo 24 ao 26.

Não tenha medo de ser como eu: ver para crer.
Na própria bíblia temos um exemplo assim: Tomé. Um dos discípulos de Cristo que andava ao lado dele precisou tocar nas feridas do mestre para crer que ele havia ressuscitado.
Faça como eu, não julgue sem conhecer!
Nem essa, nem nenhuma igreja. Cristo veio para os imperfeitos.
A obra é dele, cabe a Jesus aperfeiçoar a cada um de nós.
E, por falor, não pense que estou aqui querendo criticar alguma denominação ou incentivando mudanças.
Se você está em CRISTO fique onde o Senhor te chamou.
No tempo dele ele move as pedras, se essa for a vontade do PAI.


E para você, que leu até o final desse texto, desejo que seu dia seja muito abençoado.


Bom dia!


BUSQUEMOS AO SENHOR COM SICERIDADE DE CORAÇÃO



texto: etelvina de oliveira

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Redimida Implícita

Pois se Deus veio para os pecadores, como pensar que assumir os pecados é se perder de vez? Que cambada de religiosos é essa que te deixou passar por batizado, crisma, primeira comunhão, sem bater pique na mínima compreensão da criança que acende uma vela enquanto brinca? A mínima essência, do mínimo perfume de Cristo te faria aspirar o céu aí das gerais, onde você se encontra, com a sofreguidão da pecadora que lavou os pés de Jesus, usando o seu melhor perfume.

Mas o que fizeram estes tais religiosos seus e esses tais religiosos meus – tudo farinha do mesmo saco - que te deixaram passar pensando que querer um ingresso para ver Madonna precisa ser perdoado com a mulher da enchente de Nova Orleans?

Se é possível ter ambos, e se de ambos é feita a vida – dos músculos de aço de Madonna e da fragilidade da mulher de Nova Orleans – porque razão te deixaram nascer, crescer, e viver – felizmente sem morrer-, com essa disgressão visual que te faz assim tão debochada para o que nunca te foi exigido?

Quantas vezes você cruzou umbrais e portais, e entrou, e sentou, e confessou seus pecados a um homem, e dele recebeu uma penitência, e cumpriu essa penitência, e recebeu água benta, e entrou na fila de novo, e voltou para o banco, e do banco cruzou de volta os umbrais e os portais atribuindo a Deus a insana ação dos homens?

Eu não quero ir para Nova Orleans e também não quero ver Madonna. Eu não quero a leveza da pipa, porque sou feita de matéria não catologada na terra. Mas acertar na sena eu queria: queria assim para poder comprar todos os templos religiosos do mundo e expulsar os vendilhões. Esses que nos vendem a ilusão de uma terra santa e de um céu profano. Esses que se apossam dos templos católicos onde os santos são de pedra, e se apossam dos templos evangélicos, onde os santos são de barro. Esses todos de quem Jesus dirá: “ nunca vos conheci.”

Queria para poder instituir uma reforma decretando:
-fica proibido enfiar na cabeça dos homens e mulheres de Deus que Jesus veio para os que não pecam; e dessa forma:
- fica instituido que Jesus veio para todos;
- fica instituido que ninguém precisa carregar a cruz dos seus próprios pecados, porque Jesus já carregou;
- fica instituído que a redenção de Cristo não leva ninguém deste mundo para o outro, antes da hora exata, mas traz a hora exata em que se encontra o mundo: a hora de reconhecer que a asa da borboleta se esfuma no dedo, que a cintura do porco é grossa, que o homem é pó e e que Deus é real.

Com ou sem pecados! E melhor “com” do que “sem”: “porque aonde abundou o pecado, superabundou a graça."

E o Cristo que habita em mim, em resposta à sua pergunta implícita, manda dizer que sim: que Ele ama você. De maneira explícita.


texto: Ana Maria Ribas Bernardelli

domingo, 21 de setembro de 2008

A mão que mata

Houve um tiro.
Um disparo no meio da noite, ceifa-se uma vida, uma história.
Não houve depois um caminho.
Não importa mais a mão que segurava a arma ou os motivos.
Acabou.
Daquele momento em diante nunca mais um sorriso, um aceno.
Nunca mais a insistência daquele último beijo, o abraçar as crianças, aquela despedida cheia de volta.
Faz quanto tempo mesmo?
Quem apagou a luz?
Quem eram aquelas pessoas de luto?
O que aconteceu com os anos?
Quando parei de culpar-te por ires embora?
Cada novo tiro, cada nova morte lembro-me de ti.
Parece que a dor do outro ascende em nós a nossa própria.
Nesse momento tem outras pessoas chorando de dor pela perda.
Não choro. Sinto saudades.
Saudades do antes, dos risos, dos olhares, da cumplicidade, do companheirismo, da rápida passagem por nossas vidas.
Em cada um deixas-te uma marca.
Em todos, deixas-te a lembrança de afeto, atenção e união.
Te vejo nos teus frutos.
Não consigo odiar a morte nem o quê mata.
Na verdade, o que sangra é a vida que passa.


texto: etelvina de oliveira

em memória de Silas Carvalho de Moura - 1963/1994

Sonhos de Deus - Ludmila Ferber

Se tentaram matar os teus sonhos
Sufocando o teu coração
Se lançaram você numa cova
E ferido perdeu a visão

Não desista não pare de crer
Os sonhos de Deus jamais vão morrer
Não desista não pare de lutar
Não pare de adorar

Levanta os teus olhos e vê
Deus está restaurando os teus sonhos
E a sua visão
Recebe a cura
Recebe a unção
Unção de ousadia
Unção de conquista
Unção de multiplicação

Vento do Espirito - Emerson Pinheiro

O vento sopra,
só ele sabe para onde vai
Eu quero estar no vento,
ser conduzido pela
Sua vontade

Sopra sobre mim o
Teu querer
Leva-me na nuvem da unção
Eu quero ir
Contigo até chegara
ao lugar da Tua habitação

Sopra em mim vento do Espírito
Contigo eu quero ir
Eu não sei de onde vem
nem sei pra onde vais
só sei que eu quero ir

Jesus - Rose Nascimento

Vou lhe contar uma história da Bíblia
História que fala sobre um Salvador
Talvez já ouviste alguém lhe falar
Mas o final não quiseram contar

Existia na Terra um certo homem
Que se chamava Jesus de Nazaré
Fazia milagres acontecer
Tudo isso pelo Seu poder

Ele fez um morto ressuscitar
Ele fez um cego enxergar
Ele caminhou sobre o mar
Ele fez paralítico andar, andar(2 vezes)

Mas ouça amigo o que aconteceu
Mandaram matar o Rei dos Judeus
Talvez por inveja calúnia, eu não sei
Só sei que Ele é o Rei dos Reis

Mas ouça a história não termina assim
Pois desta história tem final feliz
Ao terceiro dia Ele ressuscitou
Foi ao inferno e a chave tomou

Ele fez um morto ressuscitar
Ele fez um cego enxergar
Ele caminhou sobre o mar
Ele fez paralítico andar, andar

Ouça e Tome Posse - Ludmila Ferber

Ouça e tome posse
Da Palavra do Deus Vivo
Ele está aqui
Assim diz o Senhor: (2x)

"Abrirei rios no deserto
Romperei fontes no meio dos vales
E a terra seca se transformará
Em mananciais de águas vivas
Passarás firme pelas águas,
Passarás firme no meio do fogo,
Nem as águas poderão te destruir,
Nem mesmo o fogo te aflingir..."

Deus fará tudo por você!
Moverá céus e Terra com
Seu poder
E o impossível vai acontecer
Vitória e honra Ele trará sobre você.


texto: Para todos que estejam passando por lutas e, especialmente, para meu amigo Jorgecreditos:http://vagalume.uol.com.br

Perdão

Muito se fala sobre o “acaso”. Teorias infinitas, poesias, versos e até canções tentam explicar a estranha e deliciosa coincidência que a vida nos prega.
Desde ontem uma “coisinha estranha” está brotando em mim gritando para ser postada aqui - não se assustem não é vírus.
Acordei, entrei na net e, a partir de um comentário, fui ao blog de uma amiga e, “cataplam”, lá estava um texto falando exatamente o que eu estava sentindo.
Se quiser, dê uma passada lá (www.compartilhandoasletras.blogspot.com), vale a pena lê-lo na íntegra. Mas aqui vou me ater apenas em alguns trechos, como esse:

“Existe um versículo na Bíblia que diz: O que quereis que oshomens vos
façam, fazei vós a eles também. Tenho tomado por base para a minha vida esse
versículo. Se magoei alguém, vou a esse alguém peço desculpas, me explico e
tento consertar. Eu gostaria que agissem assim comigo também, por isso faço a
minha parte. Se ofendi com palavras, procuro me desculpar, explicar, fazer a
pessoa entender , que foi um momento impensado, somos
imperfeitos....”


Lendo, várias frases me vieram á mente, algumas baseadas em versículos bíblicos que, de tão conhecidos, até viraram “ditos populares” como: Atire a primeira pedra quem não errou; Se baterem na sua face, ofereça a outra; e por ai vai.
Mas, o que realmente importa é a prática do perdão. E perdão envolve reconhecimento do erro. Primeiro de quem magoou e se dispõe a voltar atrás e consertar. Segundo, e aí vem a pior parte, daquele que tem nas mãos a “sentença”.
Deste, você “deveria” ser absorvido totalmente. Mas, normalmente, se diz que perdoa e, quantas vezes, arquivamos a ficha do “suposto absorvido” para futuras punições.
Uma palavra, uma recordação, um gesto, uma pequenina vingança.
Perdoar é jogar no mar do esquecimento. Essa é a promessa de Deus para nossas vidas e a recomendação de Cristo.
Mas, quantos de nós faz isso?
Por isso, prefiro estar na primeira condição, não tenho nenhum problema em reconhecer meus erros e me desculpar (mesmo que demore um pouquinho). E se você pensou “ta se achando”, “falou a humilde”, pode deletar seu cavalinho da mente.
Sou uma “pessoinha” complicada e estou sempre “pisando na bola”, isso me faz praticar muito o pedir desculpas. Relaxou, né? kkkk
Continuemos.

“Mas lidar com pessoas é terrivelmente complicado. Enquanto você está
jogando um balde de água fria. O outro está de várias maneiras te espetando, te
provocando, e ainda se sente tão injustiçado, tão ferido, tão magoado. Mas
ele(a), se colocou numa posição de: não perdôo, não esqueço, não falo mais,
NÃO!!!”


Posso admitir aqui? Vivo tendo esses “pitis”.
Fico de bico e deleto todo mundo. Daí, paro, penso, perdôo e volto atrás.
Lembrei de outro versículo: enganoso é o coração do homem, quem o conhecerá?
A vida sempre nos coloca em uma das duas posições.
Então meus queridos vamos praticar.
Que tal me perdoarem por fazer vocês lerem tudo isso logo hoje?

beijinhos

trechos de textos de: Sonia Regly

Meditar

É preciso deixar que Deus seja Deus!
É preciso deixar que Ele seja para nós
mais do que esperamos dele,
ou corremos o risco de não
O reconhecer
quando Ele se revela como inesperado,
porque é sempre assim que Ele se revela.

E termos a certeza de que Ele é amor;
por isso não brinca com a nossa vida.
Ninguém saboreia a Verdade de Deus
e depois vem a sentir-se mais pobre, triste ou perdido.

Deus é presença plenificante e configuradora de sentido.
Dizer-lhe na intimidade do coração
Senhor, confio em ti e ponho-te nas mãos a iniciativa da minha vida,
na certeza profunda de que és AMOR.

Significa entrar na aventura de Deus, que nos conduz ao melhor de nós,
da vida da criação e da história.
Começamos a degustar a realidade
por dentro,com o paladar que nos dão a palavra e o Espírito, e
a verdade de Deus revelada e amada em nós torna-se fogo sempre.

texto: autor desconhecido (colei da pag. do meu amigo Jorge)

Telefones Importantes

Quando quiser falar com Deus, ligue: Jeremias 33:3
Quando você estiver triste, ligue: João 14
Quando pessoas falarem de você, ligue: Salmo 27
Quando você estiver nervoso, ligue: Salmo 51
Quando você estiver preocupado, ligue: Mateus 6:19,34
Quando você estiver em perigo, ligue: Salmo 91
Quando Deus parecer distante, ligue: Salmo 63
Quando sua fé precisar ser ativada, ligue: Hebreus 11
Quando você estiver solitário e com medo, ligue: Salmo 23
Quando você for áspero e critico, ligue: 1 Coríntios 13
Para saber o segredo da felicidade, ligue: Colossenses 3:12-17
Quando você sentir-se triste e sozinho, ligue: Romanos 8:31-39
Quando você quiser paz e descanso, ligue: Mateus 11:25-30
Quando o mundo parecer maior que Deus, ligue: Salmo 90

anote em sua agenda, um deles pode ser IMPORTANTE a qualquerMOMENTO

A Palavra se cumpre

Senhor,
me perdoe as falhas e as fraquezas.

Sabe, PAI,
quando ouço ou vejo notícias sobre
suas profecias sendo cumpridas
ainda me choco.

Não consigo entender a pedofília,
pais matando os filhos, colocando fogo e depois picando.
Filhos que matam os pais.

Leis que autorizam tudo aquilo que sua palavra condena.
Me perdoe Senhor.
Me ensine a permanecer nos versículos: "esperai com paciência..."; "andai nessa terra como mortos"; "não sois desse mundo" e "breve virei".

Senhor,
sei que não podemos prever o futuro
nem mesmo daqueles que saem do nosso ventre,
mas Tú o sabes.

Te peço, oh Pai
guarda meus filhos; guarde todos os jovens e crianças desse Mundo
Livrá-os dos adultos perversos.
Acampa teus anjos ao redor deles.
E apressa-te a nos livrar dos Dias Maus.

Amém!

texto: etelvina de oliveira

O porder da palavra

A tua palavra
refrigera a alma
sossega o espirito
e acalma o coração

Não há
lugar que ela não chegue
distância que ela não diminua
muralha que ela não penetre
nem vida que ela não transforme

A tua palavra é
Viva e eficaz
Remédio que cura
Justiça que liberta
Alimento que sacia
Ergue o caído
Fortalece o enfermo
Restabelece o perdido

Perdoa o errado
Exalta o humilhado
Abate o exaltado
Nos dá vida

Nos dê Senhor discernimento
para entendê-la
e praticá-la.

Nos guarda com o poder
de sua palavra
e derrama sobre
cada um
a sua PAZ.

Amém

texto: etelvina de oliveira

Hospitais me dão calafrios

Se eu te perdesse, como seria? Como seria não ter mais sua presença?
Dias atrás eu até pensei na morte com paz e sossego de alma.
Como explicar esse medo agora.
Não sei o que me assusta mais: a morte em si ou o caminho até ela.
Ah, a doença me assusta.
Desliguei meus pensamentos e olhei de novo o rosto pálido daquela menina-moça deitada no meu colo. Vi as lágrimas escorrendo silenciosas por seu rosto. Sua mão apertava a barriga e ela encolhia. Sabia que sentia dor, mas ela só me pedia calma para me tranqüilizar.
Gostaria que o táxi voasse.
Meu pensamento voa.
E se for grave?
Nesse mesmo instante a memória puxa frases e diagnósticos que marcaram definitivamente a minha vida.
Imagino que todos os pacientes de doenças graves e, pior ainda, os terminais já tenham passado pelo que passei.
Por que será que os médicos são tão diretos e frios?
Dizem que a lei os obriga a alertar o paciente dos riscos de suas doenças.
Mas é necessário serem tão negativos e pragmáticos?
Não conseguem se colocar no lugar da mãe, pai, cônjuge, filho ou da própria pessoa que ouve?Como imaginam que seja ouvir:
- Não tem jeito. Não tem cura. É melhor preparar a família.
O táxi freia e volto á realidade.
Passo a mão por seus cabelos e seco suas lágrimas. Gostaria de estar no seu lugar. Gostaria de tirar-lhe a dor com minhas mãos.
Parece que o hospital fica em outro estado.
Nossos olhos se encontram e sorrimos ao mesmo tempo, um sorriso forçado e amarelo, uma tentando acalmar a outra.
Sempre penso no pior. Será que só eu faço isso?
Quem nunca sentiu uma dor no pé e não pensou que fosse perder a perna toda?
Quem nunca leu uma matéria na Internet e já se sentiu com todos os sintomas da doença em questão?
Existe uma mãe que não sofra até a alma quando um filho diz ai?
Acho que sou mole mesmo.
Chegamos.
Ela senta-se molenga na cadeira na sala de espera e eu vou tentar ficar muda atrás daquelas pessoas na fila.
Fico repentindo na minha mente: não se altere, não peça para passar na frente, não grite para um médico ou enfermeira pegar sua menina nos braços e atendê-la com a mesma urgência que seu coração pede.
Que dia é hoje mesmo?
Quarta-feira, dia 18 de junho de 2008.
Lembro-me das inúmeras vezes que já estive aqui nesse mesmo lugar, anos a fio pra ser exata, mas, sem duvida nenhuma, sempre me parece a primeira e a pior delas.
Não gosto de hospitais.
Ou melhor, não gosto das lembranças que eles me trazem.
Mas, minha experiência me obrigou a sentir tranqüilidade em estar aqui.
Sei que esses profissionais, por mais frios e distantes que me pareçam, têm o socorro físico de que preciso.
Somos conduzidas por essas salas frias, por esses corredores estreitos e sem fim até o local de exames.
Eu a ajudo deitar-se na mesa de Raio X e só então coloco as mãos sobre sua cabeça e seu peito e falo com Deus.
Em poucas palavras peço que repreenda essa enfermidade, que prepare tudo, que cure minha menina.
Percebo ali o quanto tenho andado distante do Senhor, há quanto tempo não oro?
Fico envergonhada com minha infidelidade.
Ainda bem que Deus não pensa e age como os homens e permanece fiel.
Ele me concedeu mais uma vitória.
Apesar disso, sei que quando outra prova vier, por mais que eu não queira vou entrar em pânico e sofrer e sofrer e sofrer.....
Mas essa é outra história.


texto: Etelvina de Oliveira.

Minha amiga Jussara - parte I

Quem nunca evitou conversar, passar perto, ou sentar junto com uma pessoa "crente"?
Ficar no mesmo ônibus ou vagão de trem, nem pensar.
Se você nunca foi preconceituoso, parabéns!
Eu já fui, e muito.
Fiz um pré-julgamento sobre esse fato e criei um estereótipo que acreditava ser inabalável.
E quando você age assim, não enxerga mais nada ao seu redor, a vida se encarrega de mudar isso.
Em 1987, quando fui trabalhar em um posto do INAMPS passei a conviver mais de perto com uma dessas pessoas, de nome Jussara, que vivia com a bíblia na mão.
Logo no primeiro dia de serviço, nas apresentações do pessoal, já vi pelas características que se tratava de uma "crente". Roupas discretas, saia longa, blusa fechada e com mangas, cabelos enrolados em um coque preso com grampos, nada de maquiagem, nem enfeites, e um olhar profundo e sereno.
Risonha, mas séria, e sempre pronta para falar sobre sua crença e nos orientar sobre o "melhor caminho".
Bastava uma folguinha no serviço e ela dava uma rápida passada de olhos naquele pequeno livro de capa preta.
Muitas vezes, as pessoas na fila davam um tempinho para que ela lhes dirigisse a atenção, não sem um desdém visível no rosto.
Sorrindo, Jussara colocava a "bússola da vida" ao lado e, muito gentil, iniciava o atendimento sem falhas, que não dava brecha para nenhum comentário.
Caso houvesse alguma reclamação ela citava, mansa e docemente, versículos bíblicos que os outros na fila calavam.
Não raramente, a fila parava para que alguém a ouvisse atentamente.
Alguns pediam oração, outros conselhos, e nós - as colegas de trabalho -, torcíamos o nariz, certos de que o resto da fila sobraria para nós atendermos. Isso nunca aconteceu.
Na hora do cafezinho era um terror, ninguém queria tomar café com a Jussara.
Era um tal de lembrar de coisas para fazer como ligações importantes, preencher formulários ou inventar uma semana de regime, enfim, tudo valia a pena para não ouvir suas orações ou "testemunhos" milagrosos.
Mas, quando nada funcionava, eu era a escolhida para permanecer na mesa enquanto as outras, entre risos, se afastavam.
Com o passar do tempo notei que essas minhas permanências na mesa além de freqüentes começaram a me dar um certo gosto.
Nem imaginava que isso já era plano de Deus.
Aliás, Deus nem fazia parte da minha vida – só nas necessidades, é claro.
Não tinha tempo ruim para Jussara, ela estava sempre brincando e feliz.
Descobri que era casada com um administrador que trabalhava em outra repartição pública federal, tinha quatro filhos, e que a mais velha estava grávida.
Para uma preconceituosa, o mais surpreendente foi perceber que a Jú era "normal", tinha alegrias e problemas como todos nós.
Quando falava das "coisas de Deus" seus olhinhos brilhavam de uma forma que nos envolvia, sem criticas, sem querer te obrigar a nada.
Sem impor sua crença ou sua igreja. Elogiava todas as denominações.
Alertava que todas tinham seus acertos e defeitos, cabia a Deus determinar onde era o lugar de cada um. E que no tempo certo tudo se acomodava.
Percebi que ali nascia uma amizade que daria muitos frutos.
Mas isso é outra história.

texto: Etelvina de Oliveira

Minha amiga Jussara - parte II

Conheci um blog novo: saiajusta.blogspot.com. Muito interessante, voltarei mais vezes.
Nesse blog li o relato de uma ex-fumante contando como ela largou o vício.

“...Uma noite fui a um culto numa igreja Batista e lá o mensageiro
meapresentou a Jesus sendo o Deus-Filho que podia tudo. Que Ele era o Deus
dosimpossíveis. Legal, pensei. Vou desafiar esse Deus a parar de fumar. Se
Elefizer isso, vou mesmo acreditar que Ele é o Deus dos impossíveis. Mas tem
umporém, ai Deus dos impossíveis. Falei assim com Deus. Não quero sentir
nenhumavontade de fumar. Entendeu? E estou até hoje, 26 anos sem fumar. Assim
comotambém a minha fé cresceu no Deus dos impossíveis....”


No mesmo instante lembrei de minha amiga Jussara.
Que saudade!
Por onde andará a Jú?
A última vez que nos falamos soube que já tinha dois netos e que só o seu caçula ainda estava solteiro.
Puxa, esse texto me fez abrir um baú antigo onde guardo todas as recordações de momentos significativos da minha vida.
A Jussara, sem dúvida, marcou o principal deles: meu encontro com Jesus.
Se você achou engraçada essa frase, não se espante, eu morria de rir quando alguém me falava sobre isso.
Inclusive ria muito das coisas da Jú.
Achava tudo muito fantasioso. Como uma pessoa madura, estudada ou não, poderia acreditar em “milagres”?
Principalmente em milagres sem a ajuda dos Santos ou sem promessas.
Como a maioria das pessoas, eu acreditava em previsões, cartomantes, pais de santo, astrologia, gurus, tarô, carma e simpatias. Mas, milagres?
Pessoas com doenças terminais que saram?
Aleijado que anda?
Você ser consolado na hora da morte?
Isso pra mim era balela. Coisa de “gentinha”, espíritos inferiores, lavagem cerebral ou coisa assim.
Não sei o que foi, só sei que um belo dia me peguei de boca aberta ouvindo os “testemunhos” da Jú.
Ela me contava de como foi curada de uma enfermidade e das transformações que passou sua vida.
Acho que nem piscava. Tudo aquilo me fascinou, tanto que quando ela me deu de presente uma bíblia e recomendou que eu a lesse, nem pestanejei.
Sorvi aqueles textos.
Algumas passagens achei cansativas, outras pareciam que "falavam" comigo.
A partir da palavra eu mudei.
Um dia a Jussara me disse que chamaria algumas “irmãs” para orar por nós ali no serviço o que achei super normal.
Estranho foi quando em pleno expediente - nos 15 minutos de café que tínhamos direito – passei a trocar meu lanche por orações.
Em um desses dias dobrei meus joelhos ali mesmo, na sala de enfermagem, e disse: eu aceito Jesus.
Aceito o Deus do impossível.
No começo éramos eu, a Jú e uma irmã. Depois o grupo foi crescendo tanto de colegas de trabalho quanto de irmãs.
Confesso que não entendia nada sobre isso.
Aprendi com o tempo.
A vida me mostrou que ali começava uma caminhada de lutas como tantas outras, como a sua, e de vitórias.
Na verdade, acho que Deus sabe de tudo que iremos passar e, como nos conhece e sabe de nossas fraquezas, ele nos chama para nos pegar no colo e nos fortalecer.
Mas isso é outra história.

texto: Etelvina de Oliveira